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Os insurgentes

Compartilho o texto de Pedro Tierra que acabo de receber do amigo Oswaldo Júnior.

Tem muito a ver com o dia que hoje vivemos, com nossas aflições e esperanças:

Chama-se "O dia dos insurgentes":

"A um gesto seu, laborioso, o silêncio baixa sobre a cidade. E tudo o que se movia estanca, quando assim deseja sua mão poderosa ".

O sol se levanta sobre cidades vazias. Hoje, a imagem virtual se faz gesto e um espesso tecido se estende sobre a geografia do país:

Como uma bandeira desatada pelas mãos invisíveis dos sustentadores da vida sobre o vasto território do nosso coração!

Sobe desde a raiz da indignação a seiva bruta que alimenta o primitivo sentido de justiça e nos faz humanos!

Hoje a palavra se fez gesto e gesto se fez classe.

Nota do blogueiro:
Pedro Tierra foi preso pela ditadura em 1972, aos 24 anos. Passou por diversos presídios e por longas sessões de interrogatório e tortura. No intervalo de um desses suplícios, quando foi deixado sozinho na sala, notou que havia um lápis sobre a mesa do interrogador. Levou para a sua cela e lá escreveu no lado do avesso de um maço de cigarro, com letras miúdas, os primeiros poemas. Enviados clandestinamente para fora da prisão, foram reunidos em um livro com o título de "Poemas do povo da noite". A obra foi lançada originalmente na Itália e só em 1979 chegou ao Brasil.