Gustavo Gomes, a faixa e o mantra alviverde (foto: Conmebol Libertadores/Facebbook)
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“O que é o tempo para esse time? Noventa minutos não são mais noventa minutos apenas. Dentro desse estádio um dia conhecido como Palestra Itália, tempo-espaço existem em outra dimensão. O Palmeiras ensina que o impossível não existe e que, como paixão e organização, podemos tudo. Fica como lição para qualquer um disposto a se inspirar. O futebol é um outro planeta perdido dentro de uma outra galáxia. Dentro dele, algumas noites acontecem para sempre em looping eterno. Dia 30 de outubro de 2025 já é uma delas.”
Orgulhoso que só do feito do meu Verdão…
Recomendo aos que amam e orbitam em torno das coisas do incandescente Planeta Bola… Recomendo a leitura da coluna da jornalista Milly Lacombe hoje no UOL.
Clique AQUI para ler:
Saberemos apreender todas as lições que esse time do Palmeiras nos oferece?
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Um texto irretocável e cuidadosamente bem escrito – o que tem sido raro entre os jornalistas esportivos de hoje. (Lamento dizer, mas disse… Milly é uma raríssima exceção à regra. Pode-se nem sempre concordar com o que diz – e os são-paulinos que o digam, no famoso caso do Rogério Ceni – mas, não há nenhuma dúvida que tem um texto primoroso.)
A propósito – e bem a calhar – pelo que deduzo das colunas da Milly que leio, ela é, digamos, um tanto corintiana e outro tanto torcedora do Fluminense. Elogia o Fernando Diniz pela ousadia como técnico de ideias e concepções próprias e o futebol arte (e extinção, triste mas verdade) de Paulo Henrique Ganso.
Faço a ressalva para destacar a almejada isenção jornalística – outra das tantas quantas ausências na prática da crônica esportiva vigente.
Óbvio que me é inevitável fazer o registro da noite de magia e felicidade que ontem vivemos, nós, os palmeirenses, dentro e fora do Allianz Parque, “o Chiqueiro”, no dizer do incrível, ainda magoado e palmeirense como a gente, nosso técnico Abel Ferreira.
Queria lhes falar do privilégio que foi se fazer presente entre os 40 mil palestrinos. A emoção de estar ao lado do meu filho na arquibancada do Gol Sul Superior e de encontrar meu dileto sobrinho Zé Carlos no shopping antes do jogo para o café e lá saber que outros dois sobrinhos queridos também se fariam presentes no estádio, o Nico e Bruno que, de quebra, foi com o filho Lorenzo…
Tudo em nome de uma noite pra não se esquecer jamais.
Foi mágica?
Foi histórica?
Épica?
Heroica?
Definam como quiserem e quem quiser…
Sei que foi uma noite nossa, de todos os palmeirenses.
“O Palmeiras é o time da virada.
O Palmeiras é o time do amor.”
A torcida cantava em uníssono o tempo todo, todo o tempo, esse e outros bordões. Antes, durante e depois da partida…
Como não sou dos mais entusiasmados, não canto, apenas me encanto e observo.
Participo con tutto il cuore e con tutta l’anima.
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Sou um sentimental, Não consigo nessas horas deixar de reverenciar a memória do pai (que me levou ao velho Parque Antártica pela primeira vez num Palmeiras e XV de Piracicaba no exato dia em que se inaugurou o busto de Waldemar Fiume), de recordar o bom humor do cunhado Waltinho (parceiro de tantas e verdes jornadas), além de dar um salve a outros tantos palmeirenses amigos e amigas sempre lembrados nessas ocasiões.
Dou-lhes um por exemplo:
Fui com a camisa da Libertadores de 1999 que ganhei do amigo Júlio Veríssimo que, hoje, mora em Portugal.
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Mas, ontem, meus caros e preclaros leitores, vou lhes confessar: no exato momento em que Veiga fez o quarto e definitivo gol da classificação, naquele preciso instante em a bola estufou a rede, recordei o ilustre e saudoso palestrino, o jornalista Roberto Avallone e, a pleno pulmões, gritei seu mais famoso bordão:
“PALMEIRAS… UM! DOIS! TRÊS! QUATRO a zero!”
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NA TRILHA DOS GOLS…


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