Triste coincidência.
Há exato um ano – em 14 de maio de 2024 – nosso Blog compartilhou com os amáveis leitores:
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Hoje, cá estamos, com inevitável desalento, para fazer o registro do falecimento de José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, presidente do Uruguai de 2010 a 2015, seguramente o mais autêntico – e, diria, sábio – dos homens públicos que conheci.
Mujica tinha 89 anos.
Deixa um legado de lutas sociais em defesa da democracia, dos humildes e desvalidos e de imensa fraternidade.
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Era um semeador das bem-aventuranças.
Admirável vê-lo em sua simplicidade e grandeza humana.
Mesmo como presidente ou senador, nunca deixou de viver na pequena chácara nos arredores de Montevidéu.
Talvez por esse desprendimento, alguns o chamavam de “o presidente mais pobre do mundo”.
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Mujica se fez um severo – e consciencioso – crítico do consumismo desenfreado que hoje – e de já algum tempo – domina a sociedade e o planeta como um todo.
“Temos muito mais riqueza, mas somos seres piores” – disse Mujica em trecho da entrevista supracitada.
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A bem da verdade, fiz um registro circunstancial, de ocasião.
Felizmente, há zilhões de vídeos espalhados pelas plataformas (inclusive em nosso Blog) que nos trazem as lições de vida que Pepe Mujica nos deixou.
Alguns, muitos, eu os conhecia
É sempre bom poder ouvi-lo e refletir sobre suas palavras.
(Hoje, é certo, com um aperto no coração já prevendo o enorme vazio que nos restará.)
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Pincei três exemplos que, penso, bem o definem – e definem o seu livre pensar.
“Se nãos és feliz com pouco, não és feliz com nada.”
“As pessoas usam o tempo para ganhar dinheiro, mas esquecem-se que o dinheiro não compra o nosso bem mais precioso: o tempo.”
“O mundo desenvolvido começou a caminhar 200 anos antes de nós, fez muitíssimos sacrifícios, pagos pelo povo, os únicos que trabalhavam 12, 14 horas por dia, e assim se capitalizaram. Nós (os solidários) chegamos tarde, corremos atrás, mas nem tudo está perdido. Não creio que a extrema-direita possa fazer mais além de concentrar ainda mais a riqueza. E, por infelicidade, teremos que aprender a ser mais pacientes, e continuar trabalhando. Os termos esquerda e direita são muito modernos, mas as faces do conservadorismo e da solidariedade são tão antigas quanto a existência dos humanos sobre a Terra. Seguiremos em frente.”(A declaração em destaque faz parte da entrevista à jornalista Ana Maria Bahiana para BBC News/Brasil. Dez. de 2018)
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Para encerrar, recupero o valioso depoimento de Pepe Mujica à série #HUMAN:
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O que você acha?