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Roqueiros, groupies e afins

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Sabrina Sato entrevista integrantes do Kiss em SP/ Foto: Lucas Lima (Arquivo)

Vamos lá.

13 de julho – Dia do Rock.

Olhem a deixa para o post/crônica de hoje!

Quero de antemão agradecer a quem teve a brilhante ideia de juntar dois ícones (é assim que se diz?) dos meus áureos 20 anos num só clipe (postado no fim do texto).

Adorei.

Por mais que os idolatrasse, nunca pude imaginar tal e bem-vinda parceria.

Ora quem são eles…

Meu inefável (e desatrado) guru Charles Brown (feat: Snoopy e Woodstock) e o desbragado rock do Steppenwolf – “Born To Be Wild”.

Quem mais poderia ser, gente?

Encontrei essa joia rara…

Ops, melhor não usar essa definição. Vai que nos associem àquela malfadada outra patota.

Retomando…

Encontrei essa raridade, ao acaso, no YouTube.

Me foi inevitável: quero compartilhar com os amigos.

A todos os roqueiros, groupies e afins.

Explico.

Por instantes lá estava eu a reviver os tempos de ECA/USP dentro do indestrutível busão que fazia o trajeto Ipiranga/Pinheiros a folhear os álbuns/gibis da turma do Miduim, que é como os personagens atemporais de Charles M. Schulz ficaram conhecidos no Brasil.

Eu me divertia a valer.

E querem saber?

Identificava-me amplamente com as malogradas peripécias do herói improvável.

Que me perdoem os mestres de então, no curso de Jornalismo…

Que me perdoem os grandões Machado de Assis, Cony, Quintana e Rubem Braga…

Mas, tenho que ser sincero com os leitores, e comigo mesmo:

Àquela época, eram os quadrinhos do Charles Brown a minha leitura preferida.

Já a identificação com os roqueiros do Steppenwolf se deu alguns anos antes.

Na virada das décadas 60 e 70.

Vivíamos – eu e meus pares na casa dos quase 20 – o lusco-fusco de referências que se deu com o fim dos Beatles e se arrastou até a celebração do Festival de Woodstock, onde de tudo aconteceu e o mundo nunca mais se fez o mesmo.

Andávamos, sim, órfãos da beatlemania – e à deriva. Com a indefinição existencial (natural da idade) e a projetar o futuro despido de qualquer convenção (uia!) pequeno burguesa.

Um senão: não nascemos tão selvagens como diz a letra do rock.

Bem que gostaríamos de arriscar.

Seria legal se tivessemos a coragem de romper com tudo e, sem rumo e prumo, cair na estrada.

Ligue seu motor

Pegue a estrada

Em busca da aventura

Qualquer uma que venha em nossa direção.”

Para compensar a carência, ouvíamos de tudo no gênero.

Rolling Stones, Creedence Clearwater Revival, Jane Joplin, Jimi Hendrix, The Doors, Three Dog Night, Joe Cocker, Cat Stevens, Joan Baes, Carly Simon, Carole King, James Taylor, José Feliciano, Kiss entre outros tantos e tamanhos.

Eu particularmente gostava de Ottis Redding e a tocante “The Doc Of The Bay” me fazia ainda mais solitário do que eu imaginava ser

Mas, “Born To Be Wilde” era imbatível.

Nosso hino à liberdade e à libertação.

Desconfio que, entre os da minha geração, ainda hoje guarda-se carinhosamente, em algum lugar dentro de nós, um pedaço dessa utópica jornada.

Aprendemos naqueles idos, cada qual à sua maneira, que viver sempre foi – e será – uma magnífica aventura.

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