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Saracoteando o olhar

Gostaram do post de ontem?

Foi curto, eu sei.

Na verdade, uma brincadeira para melhorar o astral dos meus cinco ou seis fiéis leitores.

Aproveitei a ‘deixa’ do horário de verão e a urgência em blogar para escrever rapidinho uma pegadinha e, assim, poder me mandar até a casa (apartamento) de um querido amigo, lá nas imediações do Largo da Batata, onde se concentrou boa parte da centena de blocos de rua que invadiu a ensolarada São Paulo no dia de ontem.

Foi uma muvuca generalizada nas ruas de Poinheiro e também em outras regiões paulistanas.

Um jeito bom da turma dar boas vindas ao Carnaval que se aproxima.

(…)

Não, caríssimos, não sou um desses destemidos foliões. Longe disso… Nem tenho mais idade para tal. Sou um pacato observador do fenômeno e olhe lá.

Minhas relações com o dito-cujo Carnaval foram sempre de simpatia, mas guardando certa distância. Lamento informar. Não nasci ‘apetrechado’ para a coisa.

Sabem como?

De repente, o Fulano (ou a Fulana que a coisa do empoderamento feminino anda braba, por aqui) levanta os dois indicadores, estica os braços (pode ser o inverso também) e pronto: é tomado/a pelo delírio, pela alegria e vamos que vamos, saracoteando o corpo todo, mundo afora.

Já viram (ou viveram) a cena?

Provavelmente, sim.

(…)

Sou sincero, não me sinto confortável.

Prefiro observar a coisa toda se desenrolar.

De alguma forma, a alegria da moçada também me contagia e, lá pelas tantas, depois que a banda passa, a poeira abaixa, me pego cantando baixinho, para mim mesmo, uma antiga marchinha dos tempos em que era um menino tímido, algo triste, lá no bairro operário do Cambuci.

“Recordar é viver
Eu ontem sonhei com você…”

É isso(por hoje)!