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Sobre a alta do dólar

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Foto: Tiago Queiroz/Arquivo

As manchetes do dia. no UOL.

BC amplia leilão, e dólar passa a cair após atingir pico histórico de R$ 6,30


Crise do dólar não reflete realidade econômica, mas conflito pobres x ricos

“Deus não joga dados com o universo.”

Einstein, para nos assegurar que existe um plano por trás de, literalmente, tudo.

Então, meus caros e preclaros,

além de conferir do meu mirrado extrato bancário, pouco ou quase nada entendo de Economia. Faço minhas contas para que sobre algum no fim do mês (o que é raro). E não me arvoro a sabichão em finanças.

Se sei, digo que sei.

Se não sei… nada digo.

Mas, me inquieto.

Isto posto, estou atento e algo desconfiado das convulsivas altas do dólar que, estranhamente, passou a oscilar na exata proporção em que se anunciavam os boletins médicos sobre a saúde do presidente Lula.

Se o homem está bem, o dólar sobe.

Ah, sim, tem ainda expectativa da aprovação, pelo Congresso Nacional, do pacote econômico que, em tese, pretende nortear os passos da Economia do país nos próximos anos.

Neste ponto, a coisa toda enrosca.

Tenso, me pergunto: quem manda no quê?

Ouço os prós e os contras dos especialistas; uns defendem, outros abominam.

Garantem estes que vai inviabilizar nossas contas e todas as negociações intergalácticas daquele outro deus chamado Mercado.

Para o bem ou para o mal, os analistas concordam que a turma da Faria Lima – essa entidade invisível – não atina com os rumos que se projetam na cartilha governamental.

Os santos não batem.

“Coisas do Poder Econômico que não tem rosto, anônimo, mas desde sempre manda no país” – me diz o amigo Poeta em meio à conversa pelo zap que me envia de Feliz Natal.

Uia.

A propósito, foi o próprio Poeta quem me anexa uma antiga crônica do Luiz Fernando Veríssimo sobre o tema.

Refere-se aos anos Efe Agá, como escrevia Veríssimo ao divagar sobre o período de Fernando Henrique Cardoso como presidente (1994/2002).

Tempo do neoliberalismo comendo solto.

Separei um trecho:

“A metafísica dos operadores é inédita. Não tem passado, nem convenções. É a destilação final de uma abstração, a do capital desassociado de qualquer coisa palpável, até do próprio dinheiro. Como o dinheiro já era a representação do símbolo de um valor aleatório, o capital transformado em impulso eletrônico é uma abstração no limite do nada – e é ele que rege nossas vidas.”

Retribuo os votos de Boas Festas ao amigo.

Mas, não lhe falo da minha humilde conclusão sobre o palpitante assunto.

É a seguinte:

Aquela latente proposta visionária de uma sociedade contemporânea, inclusiva e solidária, tanto naqueles anos como agora (e talvez principalmente agora) é igualmente abstrata, vã e inútil.

Mesmo que os dados ainda rolem…

E o Deus de Einstein seja por nós.

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