Foto: Jô Rabelo – (Menino na Janela)
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A cada novo post que escrevo, habituei-me aos comentários elogiosos da mana Doroti que garante ser um dos meus cinco ou seis amáveis leitores.
Lembro um dos comentários que me deixou assim, digamos, todo pimpão.
“Tu estás poeta, irmão.”
Parece coisa de mãe, né?
Mas foi a Doroti mesmo.
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Conversávamos no zap, óbvio, sobre as atribulações dos dias que hoje vivemos.
“Essa coisa da Venezuela vai sobrar pra nós?” – ela pergunta.
Não sei o que lhe dizer.
Por ser jornalista, a mana acha que trago em mim o saber do mundo.
Até tento não fazer feio aos olhos dela, mas quem aqui me acompanha – e mesmo os ausentes – sabe que não estou com essa bola toda.
Nunca fui o oráculo do Planeta, longe de mim.
Não tenho respostas convincentes sequer para os meus ais. Quanto mais para as traulitadas nossas de cada dia.
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Por aqui, tento não decepcioná-la – e, por extensão, não decepcionar aos caros leitores.
“Só sei que nada sei” – cito o pensamento do filósofo (ops, tem algum bolsonimion por aí?) Sócrates pra me justificar.
Mas, alerto, sou sincero em tudo o que escrevo.
Se não escrevo tudo o que penso e gostaria, também nunca escrevi o que não penso e não gostaria.
Por hora, creio, já está de bom tamanho.
Estou há 46 anos na lida…
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Volto à conversa com minha irmã.
Ela, que já enfrentou tantos vendavais e tem lá suas fissuras diárias a cuidar, me disse ontem que anda preocupada comigo. Soube que fui abalroado recentemente por uma virose e essa preocupação em retratar as mazelas do país no Blog não anda lá me fazendo bem e, pelo sim, pelo não, essa tristeza fica nítida a cada nova crônica, a cada nova publicação.
“Essas coisas são importantes” – diz ela. “São bonitas de serem ditas, mas são de uma profunda tristeza.”
Por ela, e também pelo amigo, o sempre vereador Almir Guimarães, o Blog deveria ser um espaço de respiro e ficar distante do pesado noticiário que nos atinge diariamente.
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Fico pensando na observação dos dois chegados.
Devo uma crônica ao Almir sobre aqueles idos e vividos tempos em que batalhávamos “para fazer do Ipiranga mais Ipiranga”.
Lembra o lema, Almir?
E aquele outro jargão, que virou adesivo para se colocar no vidro dos automóveis?
“Vereador Almir Guimarães
Sempre presente!”
Old times…
Era o Brasil da redemocratização.
O país onde era permitido sonhar com um novo tempo.
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Ops!
Cá estou à deriva a tangenciar as notícias/tristezas do dia.
Permitam-me encerrar por aqui.
Aprendi, nesses dias de jornalismo online, que os textos precisam ser ainda mais enxutos, diretos e retos.
Pois é…
Então, só acrescento meus sinceros agradecimentos ao carinho e à atenção dos dois e, por extensão, à fidelidade dos meus amáveis cinco ou seis leitores – entre eles, a Clarice, o Fefeu, a Verònica, o Valdir, o Vande que têm postados comentários legais; a Leila, a Jô, o Poeta que colaboram quase todos os dias com foto e sugestões.
Quase esqueço da Sílvia, da Viviane, que mora em Sevilha, Espanha!
Enfim…
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É vital tê-los aí, do outro lado da telinha
E, por favor, não esperem a malfadada Reforma da Previdência para continuar me querendo bem.
Por favor…
Continuem por aqui que não custa nada – e me faz feliz pra dedéu.
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Pra vocês, graças à maravilha do You Tube, Chico Buarque e a neta Clara na deliciosa Dueto.
Ouçam…
“
Fernando Ferreira de Almeida
3, maio, 2019Olá Rodolfo,
Demorou, em!!!??? Agora sim, estamos conectados.
E vamos em frente.
Tamo juntos!
Grande Abraço
Fefeu
VERONICA PATRICIA ARAVENA CORTES
3, maio, 2019Adorei a lembrança do Sócrates! Você sabe que sou sua fã. Tenho carteirinha há vários anos. Rsrsrs
clarice falasca
3, maio, 2019Mas se o destino insistir em nos separar…danem-se os astros, os autos, os signos, os dogmas, os búzios, as bulas, anúncios, tratados, ciganas, projetos, profetas, sinopses, espelhos, conselhos…(licença poetica) seremos amigos, seremos a paz.