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Terra em transe

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Foto: cena do filme Terra em Transe, de Glauber Rocha/Divulgação

Ninguém me chamou para ocupar a supimpa bancada de analistas, comentaristas e faladores das eleições de hoje nos Estados Unidos.

Mas, também quero palpitar.

Começo pedindo permissão ao cineasta Glauber Rocha (1939/1981) para usar impunemente o título do filme que lançou em 1967 e, anarquicamente, retratou as mazelas e a ambição dos homens diante do delírio do Poder.

Terra em transe é um filme icônico (seja lá o que essa palavra tão em moda quer dizer). Foi incluído entre os melhores filmes brasileiros de todos os tempos, em 2015, num seleção feita pela Abracine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, o que, convenhamos, também não quer dizer muita coisa, não.

De qualquer forma, permitam-me, caríssimos leitores, o exagero.

No dia em que os Estados Unidos sacramentam a escolha do novo presidente entre a democrata Kamala e o trevoso Trump, é possível detectar, sim, os olhos arregalados e a expectativa trepidante do resto do mundo para o futuro que nos aguarda.

Dizem as pesquisas que o embate pancadão está indefinido.

Teme-se o que virá.

Será o Day After para todos nós?

Escreve hoje no UOL o jornalista Jamil Chade:

Nas urnas, EUA vivem encruzilhada existencial e abalo de um sonho

“Nas urnas estará a busca pela alma de um país em crise existencial. Um país que, pela primeira vez em décadas, se depara com um questionamento de sua hegemonia, enquanto se dá conta que a pobreza em suas periferias persiste.”

Clique AQUI para ler a íntegra da coluna.

Em Terra Brasilis, ficamos à espreita. Com a renovada certeza de que nem tudo que é bom para os Estados Unidos é bom para nós.

Tal e qual aquele personagem do Jô Soares, o Marmitão (lembram dele? O serviçal sempre à espera de uma bucha a lhe cair no colo. Seu bordão era: “Vai sobrar pra mim”.), sabemos bem que, aconteça o que acontecer, vai sobrar para nós e, de resto, pode sobrar para todos.

Os infaustos golpistas de 8/1 torcem por Trump para, imaginam eles e seu inominável líder, se fortalecerem em nova empreitada para chegar novamente aonde desejam.

O que por si só já se configura uma baita ameaça.

Aguardemos, pois, os resultados.

Já antevendo que, sejam eles quais forem, haverá contestação do perdedor.

Afinal, como no filme de Glauber ainda atualíssimo, o senador Porfírio Diaz (Paulo Autran) detesta seu povo e almeja tornar-se imperador de Eldorado.

Tanto lá como cá, qualquer semelhança não é mera coincidência.

É, sim, a triste realidade que hoje vivemos.

MEMÓRIA – QUINCY JONES

HOMENAGEM ao maestro e arranjador desta e de outras tantas canções que fazem parte da nossa história. Quincy Jones morreu no domingo, dia 3, aos 91 anos. Trabalhou com Sinatra, Michael jackson e outras tantas lendas da nossa música popular. Nossa reverência…

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