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Três… Dois… Um…

Foto: Jô Rabelo/Arquivo

Ficamos fora do ar por alguns dias.

Pessoalmente, senti-me fora de combate.

Assim, sem mais essa ou aquela, perdemos o passo da simbólica contagem regressiva até o 1° de agosto; creio eu, que se anunciava um dos mais turbulentos 1° de agosto da História recente do país.

Explico minha humilde estratégia para, junto com meus amáveis leitores, tentar entender o momento antes que se desse o esperado/inesperado.

Selecionei cinco manifestações de nomes diversos (e mais respeitáveis que este escrevinhador) na vã tentativa de clarear o momento, o contexto e assim não desesperançar de vez.

Publicamos dois deles.

A saber:

5 – o artigo do notável repórter Jamil Chade

4 – a entrevista de Miguel Nicolelis, neurocientista brasileiro, na TV Cultura

Até que, por questões técnicas do site/blog e desarranjos pessoais, houve a interrupção.

Enfim…

Algum descontrole, por vezes, nos é inevitável.

Veio o tal 1° de agosto e…

A bem da verdade, tudo continuou como dantes no quartel do Abrantes.

Valho-me hoje, quando retomo nosso cotidiano blogar, do provérbio português e dou fim à série.

Resumo os três passos em um – e publico trechos do artigo do escritor angolano José Eduardo Agualusa, publicado no sábado (26) na caprichada edição centenária do jornal O Globo.

O autor, perplexo, mostra como certas palavras perderam seu sentido por terem sido banalizadas.

Vale a leitura, creio.

Não inventamos ainda uma palavra capaz de traduzir a dor, a repulsa, a indignação, o desespero — tudo isso junto — diante dos crimes abomináveis que Israel está cometendo em Gaza.”

Que nome dar ao amplo movimento de retorno à barbárie que, com epicentro na Casa Branca, em Washington, vem alastrando por todo o mundo?

Que nome dar à específica ‘nostalgia da tortura’, manifestada em público por pessoas como Jair Bolsonaro?

Há alguns anos chamávamos ‘desumanidade’ a várias formas de barbárie, e essa única palavra cumpria a sua função — a de estarrecer as almas plácidas — com razoável sucesso. Entretanto, foi enfraquecendo.

“Adoeceu por excesso de trabalho, sendo convocada, a todo o momento, para enfeitar relatórios e noticiários. Não inquieta mais. Precisamos substituí-la por um outro termo, urgente como uma ambulância, afiado como uma adaga, e capaz de uivar sem perder o rigor.”

Ainda nenhum comentário.

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