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Uma doce lembrança

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Leio na coluna de domingo da Folha, assinada por Juca Kfouri, sobre o primeiro clássico Palmeiras e Santos que o notável jornalista tem lembrança.

Foi a final do supercampeonato (paulista) de 1959.

Palmeiras bateu o Santos de Pelé, Pagão, Pepe, Zito & Cia por 2×1; conquistou, assim, o título daquele ano.

Ufa!

Descobri agora.

Tenho algo em comum com o grande Juca Kfouri.

Também foi o primeiro Palmeiras e Santos que vi na vida. Pela TV, em branco e preto, com narração de Raul Tabajara, comentários de Paulo Planet Buarque e Flávio Iazetti.

Do jogo propriamente, lembro-me muito pouco. Só o gol que deu a vitória ao Palmeiras, marcado por Romero, de falta, na entrada da grande área. A bola bateu levemente embaixo do travessão para cair dentro do gol santista.

II.

na sala de casa, foi uma festa diante da robusta Invictos, pés de palito, tela de 21 polegadas.

Palestrinos desde que o mundo é mundo, o pai e os amigos comemoraram alegremente e prometeram estender a festança noite adentro no Bar Astória, ponto de encontro da italianada na rua Lavapés.

– Ninguém vai fazer gol na nossa defesa, alguém disse entusiasmado

Respirei mais tranquilo.

III.

Naquele exato momento, também diante da TV, eu `interpretava` o próprio Valdir Joaquim de Moraes, épico goleiro palmeirense. Vestia um blusão de algodão azul-marinho (que vagamente lembrava a camisa do nosso guardião) e, com uma bola de borracha que atirava à parede, tentava imitar as defesas que ele fazia em campo.

– Para com isso, Tchinim – ouvi várias vezes a bronca do pai.

Parece que eles não entendiam o que estava acontecendo, ali, diante deles.

IV.

E o Santos atacando.

– Para com isso, Tchinim. Vou furar essa bola!

Por sorte, o jogo acabou antes do que a paciência do Velho Aldo (nem tão velho assim à época; devia ter uns 42 anos). E todos saímos pelas calçadas da rua Muniz de Souza, alegremente, para comemorar o histórico feito.

V.

Até hoje sei de cor a escalação daquele time:

Valdir, Djalma Santos, Valdemar, Aldemar, Geraldo Scotto e Zéquinha, Julinho, Américo Murolo, Nardo, Chinesinho e Romero.

O jogo foi no comecinho de 1960. Eu, o Tchinim, tinha 9 anos e todas as alegrias do mundo.

Ainda nenhum comentário.

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