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15 minutos ao sol da manhã

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Foto: Arquivo Pessoal

Escrevo essas maltraçadas na manhã de sexta.

Acabo de chegar de uma leve caminhada com direito ao cafezinho coado no balcão da padaria – e em estrito cumprimento à minha cota diária de 15 minutos ao sol deste fim de estação.

(Recomendação do doutor Izaías.)

Caminho sem rumo pelos arredores – e me surpreendo com a imagem do senhor de calças largas com elástico na cintura, camiseta sem mangas, sandálias que ganhou do filhão do Natal e chapeuzinho maroto a lhe proteger a calva dos raios solares.

Qual a surpresa?

Nenhuma. Mas vale o espanto.

Sou eu, meus caros e preclaros.

Ou melhor, a minha robusta imagem refletida nos vidros da entrada da nova farmácia que inauguraram, dias atrás, perto do apartamento onde moro.

Me divirto com meu figurino de ‘senhor aposentado’.

É isso aí.

Só não gostaria de encontrar-me com o jovem Rodolfo que, embora nada soubesse das coisas da vida, olhava com desdém os velhinhos de então que, em nome do conforto, adotavam desde sempre o tal estilo “é-isso-aí”

Ainda na noite de quinta, fui ao Allianz Parque assistir à vitória do Meu Palmeiras sobre o Vasco por 2 a 0 – e, por algum vacilo desses que não se explicam, cismei de usar um velha e áspera calça jeans, além de calçar tênis com aquelas meias que não tem cano. Óbvio que a camiseta do Palestra completava a vestimenta.

O sufoco, meus caros, não veio do campo.

Foi um jogo tranquilo do Verdão, com boas atuações do menino Estevão, do Veiga e do Piquerez.

O sufoco foi conviver estoicamente com o figurino mal escolhido. Desde os tempos do isolamento, desaprendi a usar cinto de couro afivelado na cintural. O jeans parecia feito de lona de caminhão, com o dito-cujo incluso. Pesava tonelada e meia. O par de tênis estava apertado pra caramba – e, por conta e risco, engoliu as tais meias.

Ah, como eu queria saber quem inventou essas meiinhas verdadeiramente meia-boca…

Prêmio Nobel da Chatice pós-moderna.

Que coisinha desprezível.

Entendam.

É sempre prazeroso ir ao futebol.

Seja qual for o resultado, é experiência única.

Vale a emoção.

Aos setenta e quequéreco, morando em Bernô City, longe pra dedéu do estádio, a jornada fica um tanto cansativa. Mais a sessão ‘tortura’ da roupa mal colhida; imaginem minha pressa em voltar para o lar doce lar.

Enfim.

O Palmeiras ganhou. É o que importa.

Vale qualquer sacrifício.

Aliás, nem sei porque dei de lhes contar essas intimidades.

Tanto assunto mais importante por aí…

Já me arrependi das groselhas que lhes falei.

Volto na segunda.

Bom fim de semana, gente!

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