Não conheci meu avô paterno.
Morreu meses antes de eu nascer.
Herdei seu primeiro nome, Rodolfo, até como forma de homenageá-lo e também o jeitão estourado de,
Jornalista
Jornalista
Não conheci meu avô paterno.
Morreu meses antes de eu nascer.
Herdei seu primeiro nome, Rodolfo, até como forma de homenageá-lo e também o jeitão estourado de,
Conversas ocasionais de uma tarde de domingo em uma birosca chinfrim perdida no alto da serra.
Fim de férias.
O fgutebol e as Olimpíadas andam em baixa por aqui.
Tinha precisos 12 anos na abertura dos Jogos Pan-americanos de São Paulo, em 1963.
Eu e outros tantos garotos remediados do Cambuci juntamos uns trocados – fizemos carretos para as senhoras na feira da rua Mazzini,
No bar da pequena Hoboken, em New Jersey, havia um piano com uma máquina tipo caça-níqueis e um rolo dentro. Bastava colocar uma moeda para que todos os freqüentadores pudessem ouvir os sucessos de então.
E amaram-se como dois animais…
Só depois corpos cansados e ainda aninhados, largaram-se na cama.
Deixaram-se estar com pensamentos longes, distantes, algo difusos.
Ambos silenciosos.
Todas as noites havia um show no átrio do Hotel Nacional, em Havana.
Era um quarteto que ali se apresentava – um rapaz e três moças.
O marmanjo comandava o grupo.
Da janela do apartamento viu os fogos espocarem ruidosos e coloridos a anunciar o novo ano.
Saudou a noite clara, e imaginou a confraternização das pessoas.
Estava só.
Havia Lennon e McCartney.
Roberto e Erasmo.
E nós, garotos suburbanos dos idos de 60, que éramos ligados em música, ainda conhecíamos outra parceria de sucesso.
Olhem aí,
40 minutos de caminhada. Em ritmo moderado, mas constante.
Pronto!
Não me venham com a pecha de sedentário, ok?
Retirem, por favor, do meu prontuário – em que constam obesidade,
(…)
Da mais alta janela da minha casa
Com um lenço branco digo adeus
Aos meus versos que partem para a humanidade.
E não estou alegre nem triste
Esse é o destino dos versos.