Arquivos mensais novembro 2016

“São demais os perigos desta vida”.

O Poetinha nos alertou, lá nos antigamente, em um de seus mais bonitos versos.

Mas, este 2016 não precisava exagerar.

Não está sendo nada fácil levar esse lastro de tristezas e decepções que veio a reboque com o suceder dos dias e das noites.

Tchinim sempre foi um garoto esperto, como dizia o Cido, um carioca que morava nas quebradas da rua Mazzini, lá no Cambuci. Só porque o menino adorava acompanhar o pai nas noites de domingo no Bar Astória,

“Quando surge o alviverde imponente…”

Sorry, periferia.

Vocês já perceberam qual o assunto de hoje.

O amor é verde, meus caros!

Branca é a paixão.

Do livro Reflexões Sem Dor, de Millôr Ferandes (1923/1912):

“Pensar – eis um verbo reflexivo”.

“Vou já passando do meio da vida e de repente descubro, assustado,

Rabisco o óbvio no bloco de anotações.

Acabo de receber a notícia – e não me surpreendo. Mesmo assim não consigo pensar em nada além do óbvio na vã tentativa de achar um caminho para a crônica de hoje:

“Morre o último revolucionário”.

A última notícia que tenho do amigo Escova é que o tal anda pelo Chile – e promete ir para o Uruguai em breve.

– Quem sabe eu não encontro o Belchior?

Já disse aqui, em posts anteriores, que sem o jornalista José Trajano a ESPN perdeu muito da própria identidade como emissora de esportes.

Mesmo que apenas em suas imprevisíveis participações no Linha de Passe,

Numa das entressafras da minha vida conjugal, namorei uma jovem que era vidrada em leitura de cartas. Levou-me a uma cigana, acho que falsificada; era apenas uma húngara de terríveis olhos verdes.

A igreja São José do Ipiranga é a mais antiga do tradicional bairro paulistano.

Tenho uma simpatia pelo templo e pelo santo, exemplo de fé e humildade – virtudes cada vez mais raras nos dias de hoje.

Nós o chamávamos de Devito ou Deva, embora o nome original fosse Devair.

Começou como boy no departamento administrativo da velha redação de piso assoalhado e grandes janelões para a rua Bom Pastor.