Foto: Arquivo Pessoal
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“Ainda que contida por tempos núveos, a felicidade só se manifestou quando sentiu escorrer as lágrimas de um amor, ainda que tardio, definitivo.”
O amável leitor me encaminha a frase – e diz:
– Conhece o autor?
Para não decepcioná-lo, respondo sem responder:
– Certamente, alguém apaixonado que já viveu tantas e tamanhas – e ainda sonha viver mais e mais.
Quem sabe o Google pode me salvar.
Niente. Nada.
Segundos depois, outra mensagem de voz do mesmo interlocutor:
“A melhor definição do amor?”
Definição para o amor? Eu?
Sem escapatória recorro à Literatura (que imagino conhecer um tantinho, diga-se) para não comprometer ainda mais minha reputação.
O que passo a lhe dizer sobre o amor, amável leitor, é o que o poeta Gibran Kalil Gibran já o disse no longínquo ano de 1923 quando lançou o mais famoso de seus livros O Profeta.
Tomo a liberdade de postar aqui um trecho do que o escritor libanês escreveu:
Pois o amor basta a si mesmo.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
E vos debulha para expor vossa nudez.
E vos peneira para libertai-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
E vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, o amor vos leva ao fogo sagrado e vos transforma no pão místico do banquete divino.
(…)
Quando um de vós ama que não diga:
“Deus está no meu coração”.
Diga antes:
“Eu estou no coração de Deus”.
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor, pois o amor, se vos achar dignos, determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo senão o de atingir a própria plenitude.
…
Não sei o que achou?
Até agora não me respondeu…
Ouçamos, então, Moska e Lucy Alves.
…
O que você acha?