Foto: Reprodução
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Aspas para Bilac, jornalista:
Um pobre rabiscador de crônicas principia a escrever uma seção diária, numa folha, por necessidade ou desfastio; dentro de poucos meses já escreve por gosto; e dentro de menos de dois anos, escreve-a por paixão – por uma dessas paixões que são feitas ao mesmo tempo de amor e de hábito, de prazer e de vício; de revolta e de ciúme – cativeiro voluntário, que o cativo, às vezes, amaldiçoa, mas do qual não se quer libertar. A Notícia – 1906
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Nem sempre um homem pode mudar de profissão como as serpentes mudam de pele. Quem uma vez foi jornalista, há de morrer jornalista. Gazeta de Notícia – 1907
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Talvez o jornal do futuro – para atender à pressa, à ansiedade, à exigência furiosa de informações completas, instantâneas e multiplicadas – seja um jornal falado e ilustrado com projeções animatográficas, dando, a um só tempo, a impressão auditiva e visual dos acontecimentos, dos desastres, das catástrofes, das festas, de todas as cenas alegres e tristes, sérias ou fúteis, desta interminável e completa comédia, que viemos a representar no imenso tablado do planeta. Kósmos – 1904
MARTA SCHERER em Imprensa e Belle Époque – Olavo Bilac, o jornalismo e suas histórias (2012)
II.
A vós, especialistas em comunicação, o meu pedido: não acorrenteis a alma das massas com o poder que tendes, filtrando as informações, promovendo exclusivamente a sociedade da abundância, acessível apenas a uma minoria. Fazei-vos antes os porta-vozes do Homem, de suas legítimas exigências e de sua dignidade. Seja instrumento de justiça, de verdade e de amor. Defender o que é humano é permitir ao Homem o acesso à plena verdade.
Do último discurso de JOÃO PAULO II no Brasil – 1980
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