Foto: Arquivo Pessoal/Lisboa, onde nasceu Santo Antônio
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Dona Yolanda, minha saudosa mãe, era devota devotíssima de Santo Antônio.
Por isso me é impossível escrever algo sobre este 13 de junho sem antes referenda-la.
Muito do que vivemos dessa devoção – sim, porque inevitavelmente ela envolvia filhos e familiares nas orações e promessas – está no post que escrevi em junho de 2015, uma semana depois do seu falecimento.
Leiam AQUI a crônica Santo Antônio, rogai por nós.
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Isto posto e sob as bênçãos da mãe e de Santo Antônio, ouso adaptar uma passagem bastante polêmica da vida do misericordioso.
Eu já a conhecia dos tempos do colégio marista – e havia esquecido por completo.
Foi o Frei Sebastião, da Milícia da Imaculada, quem a citou na missa online de ontem pela manhã -e, involuntariamente, deu o mote para a crônica de hoje.
Antes, porém, faço o oportuno registro.
Frei Sebastião pertence a Ordem Franciscana assim como Santo Antônio e, durante longos anos, no início do seu sacerdócio, serviu em Pádua (Itália) onde o lisboeta Antônio morreu e está o seu santuário.
Lá o Frei presenciou muitas manifestações de fé, além de ouvir histórias e mais histórias sobre o Santo Milagroso.
A que conto a seguir é uma delas.
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Naquele tempo…
Falando a uma multidão de devotos, o jovem Antônio foi duro na interpretação dos ensinamentos dos Evangelhos.
Embora generoso e pio, Antônio era muitas vezes contundentes em suas falas.
Por isso, era também conhecido como “Martelo dos Hereges”.
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Conta-se que, naquela pregação, Antônio enfatizou que todas as tentações para o pecado deveriam ser rechaçadas com vigor pelos cristãos-católicos. Para assim melhor servir a Deus Nosso Senhor.
Se fossem os olhos que levassem este ou aquele a pecar… Que o tal fosse desprovido da visão!
Se uma das mãos lhe conduzisse à transgressão…. Melhor seria decepar a causadora de todos os males.
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Aconteceu que, entre os ouvintes, estava um homem ainda em tormento.
No dia anterior, havia se desentendido com a própria mãe – e, para além do desrespeito pelas palavras, chegou mesmo a agredi-la aos pontapés.
Estava, pois, arrependido.
Por isso, deu-se de buscar o perdão com Antônio.
Ao ouvir o pronunciamento do jovem frei, o desconsolado armou-se de um machado e cortou uma das pernas assim que chegou em casa.
A mãe vendo a terrível cena saiu à procura de auxílio.
Procurou por Antônio, o milagroso.
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O santo acorreu a casa do rapaz e da mãe desesperada.
Fez, então, o milagre de lhe reconstituir, com um gesto, a perna amputada.
Apiedou-se do jovem – e lhe orientou:
O que temos que combater e extirpar, com veemência e decisão, é a prepotência, o egoísmo e a arrogância.
Estes, sim, são os males que não podemos acolher e dar abrigo em nossos corações.
Pois, perfidamente, obstruem o caminho de luz da humanidade.
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O que você acha?