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4000 posts

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Foto: Wilson Luque

“Tocar na banda

Pra ganhar o quê?

Duas mariolas

e um cigarro Yolanda...”

Valho-me dos versos de uma antigo samba do compositor Adoniran Barbosa para este desvalido e modesto escriba por o pé no que chamam de modernidade – ou seria pós-modernidade?

Seja lá o que for, eis me aqui diante do desafio…

Tocar um blog

Pra ganhar o quê?

Um punhado da sua atenção

e outro tanto de amigos…

Sejam, portanto, bem-vindos..

Sabem a história da moeda número 1 do Tio Patinhas, aquela que lhe serviu de talismã para o avaro senhor patusco amealhar toda sua imensa fortuna?

Pois então, amigos e amigas…

As breves linhas em grifo e destaque aí em cima não são de ouro, não são de prata, tampouco de estanho ou lata. Mas, acreditem e pasmem, têm o mesmo peso e valor para este humilde escrevinhador.

É isso mesmo…

Trata-se do meu post de número 1.

Pura fantasia e entretenimento.

Eu as escrevi em 25 de setembro de 2006.

14 anos e 25 dias, portanto.

Sinceramente, não sabia exatamente o que estava fazendo. Estava fora da velha redação de piso assoalhado que me abrigou por quase três décadas, colaborava esporadicamente com este ou aquele jornal e coordenava o curso de Jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo.

Era feliz, mas sentia falta de algo.

Deduzi que fosse o contato com o texto, as histórias, os leitores…

Foi por isso que me fiz jornalistas lá nos idos de 70.

Ou não?

Resolvi experimentar a tal ferramenta a quem chamavam de Blog.

Não imaginei naquele dia o que representava.

E o quanto eu lhes seria grato.

Aliás, mesmo hoje, quando batuco nas teclas do celular (pode isso, rapaziada?) este nosso post de número 4000  – vou repetir 4000 – ainda tenho cá comigo infindáveis dúvidas do que verdadeiramente representa e para onde tal plataforma projeta alegrias e tristezas, anseios e sonhos, verdades e imaginação de um atabalhoado cronista do século 20 em pleno século 21.

Na dúvida, escolho o pensamento do saudoso poeta Ferreira Gullar:

“Eu não quero ter razão, eu quero ser feliz'”.

Por isso, e sem ilusões, me dou ao atrevimento de seguir seguindo…

O que acham?

Permitam-me, pois que lhes passe singelas algumas curiosidades sobre este meu descompromissado e cotidiano blogar.

* Fiz uma conta marreta (se fosse bom de matemática, certamente escolheria outra profissão, e não jornalismo, certo?): são aproximadamente 285 posts por ano. Um ano tem 365 dias. Ou seja, invado o dia a dia dos meus incautos leitores em nove (quase dez) meses do ano. Tenham paciência comigo, ok?

* Tive uma penca de medidores de audiência que pifaram ao longo da jornada, assim não há como precisar  a exata noção de quantos leitores (internautas) estiveram por aqui. Sinto-me honrado, pois. Estimo algo em torno de 500 mil visualizações. Não é muito, segundo os entendidos. Mas, acho um número considerável para este opaco contador de causos.

* O post mais lido em um só dia foi o intitulado No Meio da Marginal que o UOL teve a coragem de estampar na sua home por um dia em meio. Foram mais de mil acessos. Naqueles idos, eu republicava o Blog também naquele prestigioso portal.

* O post mais comentado foi: Retrospectiva Valiosa. Na verdade, trata-se da transcrição de uma reportagem que fiz para a Revista Afinal em 1984 sobre a obra do pintor Gino Bruno. Os colecionadores de arte e donos de quadro do artista descobriram a post/reportagem – e, na seção dedicada aos comentários, iniciaram uma troca de informações que acabou numa espécie de feira de arte onde negociavam as obras do artistas. A preços módicos, imagino. Não participei dos negócios.

Coisas da internet, meus caros e raras.

Ressalto outro ponto: não exagero ao dizer que, a partir do Blog, consolidou-se a ideia dos livros que passei a escrever a partir de então:

Meus Caros Amigos – Crônicas Sobre Jornalistas, Boêmios e Paixões (2010),

Katsumi Hirota – O Homem Que Ajudou a Deus lhe ajudar (2011),

Das Coisas Simples, Sensatas e Sinceras (e-book/2014)

Volteios – Crônicas, Lembranças e Devaneios (2014),

O Natal, o Menino e o Sonho (2017),

Pela Janela do Mundo – Ou o Mundo Pela Janela (2019)

Digamos que tal e qual aquele afamado energético, o Blog me deu asas (para o bem ou para o mal, fiquem à vontade para a avaliação). Tanto que, neste ano, rabisquei quatro pequenos projetos. Três deles, aqui postados e conferidos pelos amigos/leitores: o folhetim O que o Tempo leva…, a coletânea de textos de autores que considero definitivos  e falam da Utopia Nossa de Cada Dia e, por fim, entre agosto e setembro, a série de posts que intitulei de Crônicas de Viagens.

O quarto projeto resultou no e-book Notícias de um romance inacabado, que inscrevi e participa do concurso literário da Amazon – e você pode conferir aí ao lado.

Enfim – e por fim, como disse, sigamos na fé e na perseverança…

Com a devida permissão dos amigos e leitores, a quem agradeço imensamente; pois são companhias imprescindíveis.

É isso!

* Um adendo: recebi hoje a primeira prova do romance O que o TEMPO leva… para a revisão e posterior impressão do livro. O design gráfico, de fino traço, como sempre é do amigo José Reis, o sabe-tudo da diagramação. Grande Reis, um abraço fraterno.

 

 

 

 

3 Responses
  • clarice
    20, outubro, 2020

    Parabens, querido amigo!!! Muito bom ter coisas boas para ler, se emocionar, esperançar, divagar…muito bom

  • Vanderley Leite
    20, outubro, 2020

    Reizinho, vulgo caiçara é tudo de bom. Eita pessoa de bem e do bom!!!!.

  • José Reis
    21, outubro, 2020

    É muito legal conviver e também lembrar das pessoas que a gente têm como amigo e amigas. Amigos de verdade. Para o Sr da máquina de escrever e agora das mídias digitais, daqui para frente, mais 4

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