Comadres e compadres,
Prezadas leitoras e pesados leitores,
Dormidos, maldormidos, insones,
acordados e afins,
Seguinte, dois pontos, travessão
para o recado de Luiz Melodia
que vai encimar nosso site
nos próximos dias…
— Quem tem tem.
Quem não tem não se conforma…
Em assim sendo, diria a todos,
dois pontos, travessão para mim…
— Vamos ficar espertos porque
acabou o tempo de estio. E os
desavidados do ritmo podem pegar
chuva grossa e chumbo grosso pela frente…
Para começar, os que foram – é da
Natureza – terão que voltar, se é que
já não o fizeram. Os que ficaram –
inevitável – terão que ir…
À lida, ao trampo, ao basquete.
O trabalho nos espera…
Eu ainda batuco esse texto insípido,
inodoro e incolor de terras longínqüas,
na manhã amarelecenta de São José
do Barreiros. Por um motivo simples,
por uma causa justa…
A Meriva marinho, que trouxe
a clã dos Martino para cá, abriu
o bico – ou melhor, acendeu uma
baita luz vermelha no painel como
se estivesse a dizer:
— Perigo, perigo…
Ou no refrão de outros carnavais:
— Daqui não saio.
Daqui ninguém me tira…
Não houve discussões. Sempre
respeitei a vontade e o inalienável
direito de expressão de cada um.
Acionei o seguro – e valha-me Deus!
Logo o guincho chegou e a bichinha
foi se rebelar em outra praça. Já está
a caminho da concessionária GM
para a revisão dos 40 mil.
Enquanto isso, vou ficando por aqui.
O carro – também da seguradora – que
virá nos buscar está previsto para as 13 horas.
Pouco mais, pouco menos…
Vou aproveitar esse restinho da manhã,
olhar as montanhas – e nada pensar.
— Penso. Logo desisto…
Será que é isso que
chamam de paz de espírito?
Enfim…
Há uma certa saudades de não sei
quê em mim. Uma vontadinha de estar
não sei onde. Uma curiosidade de olhos
claros – quase cinzas como a quarta-feira…
Vem aí o desafio de ser o que se é…
Eis o enredo para 2007.
Por via das dúvidas, entôo baixinho
o velho refrão – e faço de conta que acredito:
— Daqui não saio.
Daqui ninguém me tira.
Está de bom tamanho ser
o que nada sou…