Hoje, o espaço é inteiramente dedicado a um saudoso amigo. Ismael Fernandes. Jornalista, escritor, novelista, dramaturgo – e amigo, principalmente, amigo de todos os que tiveram o privilégio de conviver com ele. Há quem diga que a saudade é um sentimento nobre. Hoje, quando se completam onze anos de seu falecimento, posso assegurar que sim.
Enquanto digitava para o post de hoje o texto que fiz – e foi publicado em Gazeta do Ipiranga naqueles dias tristes -, fiquei imaginando o IF, como nós, os amigos da Redação, o chamávamos, a espalhar-se pelos emails e blogs (que à época não existiam). Certamente, teria amigos interplanetários, pois vivia para agregar as pessoas. Reuní-las, integrá-las e celebrar, com elas, o milagre da vida.
Foi uma amigo e tanto. Deixou um vazio imensurável…
O que ele estaria pensando das novelas de hoje? Certamente, adoraria ver o remake de O Profeta e, imagino, teria sérias críticas a fazer a Gilberto Braga e a sua encantada Paraíso Tropical.
Como vocês lerão a seguir, o Ismael era um noveleiro de mão cheia…
Se há uma redação no céu, tenho certeza que ele estará lá, máquina de escrever a postos, a batucar o texto que anuncia a chegada da atriz Nair Bello, uma de suas preferidas que morreu ontem em São Paulo. O Ismael não perderia a oportunidade de publicar, na Folha da Eternidade, toda a história de vida da atriz. Sempre foi um grande historiador. Certamente, os leitores celestiais celebrariam, então, o encontro de dois raros talentos, duas ausências, para nós ainda terráqueos, inestimáveis…
Leia no ícone REPORTAGEM, em 26.04.1996