Há algumas semanas me inquietam
algumas questões do blog,
sobre o blog, para o blog. Etc e tal.
Êpa, espera lá, tenho mais coisas
a fazer, sim. E Deus e os meus são
testemunhas que as faço. Ou tento.
Ou insisto. Ou teimo…
Aprendi desde logo que
‘malandro que é malandro não
bobéia e, se malandro soubesse
como é bom ser honesto, seria
honesto só por malandragem’.
Como não quero deixar escapar
a tartaruga não vacilo. Tô na lida,
no mínimo, doze horas por dia
e procuro fazer o que me compete…
Digo mais, até um pouquinho além.
Mas, é que o blog é o blog.
E meus quatro ou cinco leitores
(é caiu um tantinho a audiência) são
irmãos de fé neste espaço
encantado de infinito blogar.
Algumas questões, gostaria
que vocês discutissem comigo.
Até porque, dia desses, troquei emails
com uma blogueira noviça e, letrinhas
pra cá, letrinhas pra lá, não chegamos
a conclusão alguma sobre o tema.
Vamos às tais e quais.
01. O blog é um meio de comunicação
pública ou pessoal? Ou as duas coisas?
Ou nenhuma das duas – e, sim,
uma grande bobagem?
02. Qual a linguagem mais adeqüada?
Esta mais sincopada que uso agora,
a dos desabafos pessoais, a poética,
a informativa, a recadeira (que
às escondidas passa um recado
a alguém específico), a que der e vier
na telha ou a ‘levada’ de crônica,
que tanto adoro?
03. Por que é tão difícil fazer
o leitor postar? Será que o brasileiro
só curte falar e dar opinião sobre
futebol e novela? Será?
04. Particularmente, não gosto
de orkut. Acho invasivo. Esquisito esse
estar na vitrine. No entanto, gosto
do blog. À medida em que o internauta
se expõe lá e aqui, não é tudo
a mesma coisa?
Enfim…
Devem haver outras duvidas que
agora me escapam, com a agilidade
de uma tartaruga campeã.
Mas, o recado é este aí…
Vamos conversar sobre?
Aguardo opiniões, palpites,
teorias conspiratórias, polêmicas,
pedidos e até abaixo-assinado da legião
de admiradores das belas letras
para que definitivamente eu
desista de escrever…
Antes, porém, quero apimentar
nossa conversa com dois causos.
Ou melhor, um causo e uma constatação.
O causo.
O embrulho todo que juntou
os santos nomes de Caetano Velloso
e Luana Piovanni. Acompanharam, né?
Não.
Claro que não. Vocês não lêem
fofocas ou futilidades da vida alheia.
Claro, claro. Mas, me permitam
um brevíssimo resumo.
Será esclarecedor para o temário.
Ela disse que Caetano fez uma
música inspirado nela. O baiano
desmentiu – e virou o diz-que-me-disse.
Uns pró Caetano. Alguns poucos
a favor de Luana, tadinha.
Em recente entrevista à Trip,
a ex-musa contou a história em detalhes –
que não vou repetir aqui, vocês não gostam
do assunto, lembram? – e revelou
que a origem de tudo foi um post
que escreveu em seu blog. Estava tão
feliz em ser musa do ilustre que não
resistiu. Fez um texto cifrado em
que nada dizia objetivamente.
Mas, dava a entender…
Um esperto repórter juntou lé com cré.
Ou seja, a mensagem e a letra da
música e pimba lhe tascou a pergunta:
— O Caetano fez tal música pra você?
Não teve como negar. Daí a bola
de neve e todo esse fusuê.
A partir do blog.
— Coisa de namoradinho – disse
sabiamente Maria Bethânia, sem
querer especular mas já especulando.
A constatação:
Não é de hoje que as redações
dos grandes jornais ficam atentas
às novidades dos blogueiros famosos,
como Ricardo Noblat, Josias de Souza,
Fernando Rodrigues, antes de
baixarem as páginas às rotativas.
Pela agilidade do veículo – e óbvio
pelo belíssimo trabalho de apuração
desses profissionais junto às fontes –
notícias importantes têm circulado
primeiro na internet. A nomeação de
Franklin Martins como ministro
foi a mais recente…
Então?
— Olha o blog aííííí!!!, geeeente!!!
Vamos aos comentários, por favor.
Que o assunto é bom…