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Recordações de um repórter 7

— As coisas mais simples são, seguramente, as mais profundas – e vice-versa. Uma das poucas certezas que tenho é a de que os homens se comportam, desde os tempos não registrados pela história, como uma manada. Há os que amam, os que têm fé neles mesmos e em suas pequenas, infinitas descobertas. Essa tribo sempre foi necessária e odiada. É a minha. Diminuta, composta por quem aprende a harmonia, o belo – e que se nutre de amplos espaços que os outros só ocuparão muito tempo depois.

Admiro a declaração em epígrafe, feita há alguns muitos anos pelo ‘maldito’ Walter Franco. Admiro tanto que a usei como abertura da reportagem “A Cintilância de Gil” que escrevi em setembro de 1979 após entrevistar o compositor/intérprete Gilberto Passos Gil Moreira. Um fagueiro cidadão baiano que, àquela altura, aos 38 anos, acabava de lançar “Realce”, um disco otimista num tempo mais chegado a crises e angústias. Com clima de festa e universalidade. Um “salário mínimo de cintilância”, como o próprio autor ressaltou nos shows de lançamento em São Paulo.

Como repórter, entrevistei Gil várias vezes. Sempre falante, prolixo – e lúcido. Um pouco desse artista – que considero adiante de seu tempo – descrevo no texto que postei hoje na seção Leia Esta Canção, com a data da publicação original 06.09.1979.

Tomara que gostem…

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