Virei blogueiro assim como me tornei, primeiro, jornalista e depois cronista de jornal. Um tanto ao acaso – ou seria obra de um tal Sr. Destino? Outro tanto pela incontrolável sedução que tenho por enfileirar letrinhas uma após a outra, uma após a outra até chegarmos a uma bela história. Na verdade, relatos que, sei lá por quais motivos, cismo de contar. Relatos que, a partir do blog, tomaram uma liberdade nunca dantes experimentada por mim. Partem de fatos que vivi, observei, ouvi, imaginei, pressenti, requentei, refleti, interpretei a partir de uma conversa, um olhar, uma emoção.
Neste espaço, ganham vida própria. Vem e vão para onde bem entendem.
Às vezes, eu mesmo me surpreendo com as histórias que lhes conto.
Há dois anos estou nessa vida; desde março também figuro entre os blogueiros ‘convidados’ do Uol.
Tento postar todos os dias – e quase consigo. Posso lhes dizer que é um momento único. Outro momento legal é ler o comentário de vocês sobre o que lhes narrei. Não são muitos, é bem verdade. Mas, como diz o dito popular, me parecem são sinceros e postados de coração.
Li que hoje – 31 de agosto – é o Dia Internacional o Blogueiro, o tal Blog Day que possui um link exclusivo (Vejam na home do Uol, com o título “Blogueiros recomendam blogs”).
Consta ser praxe nesse dia recomendar cinco blogs para que a rede se espalhe ainda mais.
Então vamos lá:
01. Blog do Mino Carta que, mesmo desativado, leio e releio todos os dias para entender um tanto mais o Brasil de hoje.
02. Blog de Trivial ao Fenomenal, da amiga e ex-aluna Bárbara Paludetti, que trata de gastronomia – e ando numa fase glutona.
03. Blog do PVC, do Paulo Vinicius Coelho, o mais importante jornalista esportivo da atualidade. Que, aliás, amanhã estréia uma coluna na Folha de S. Paulo.
04. Blog dos Quadrinhos, do jornalista Paulo Ramos que também sabe tudo no gênero.
05. Todos os livros de Mário Quintana. Explico: o poeta gaúcho foi o criador da linguagem blogueira antes mesmo de os blogs existirem. Basta conferir para ver. Seu texto é sucinto, ágil, informa e sensibiliza. Muitas vezes, uma só frase diz o que linhas e linhas de texto tentam em vão explicar.
Um exemplo para confirmar o que lhes disse o poema GESTOS, de Mário Quintana:
"A mão que parte o pão
A mão que semeia
A mão que o recebe
– como tudo isso seria belo se não fosse os intermediários."