Esse menino Lewis Hamilton é muito bom mesmo!
A transmissão galvaniana do GP Brasil não lhe fez justiça. Uma pena!
O garoto merecia. No mínimo por ser o mais jovem campeão mundial da história.
Nada, nada por estar correndo contra tudo e contra todos.
Contra Felipe Massa, seu mais direto rival na disputa do título.
Contra Alonso, que não ia lhe dar moleza; pois continua viva a bronca do ano passado.
Contra Raikonem, parceiro e fiel escudeiro de Massa também à sua frente.
Contra a displicência do seu parceiro, Kovalainen, que não lhe deu socorro em nenhum momento.
Contra os alemães Sebastião Vettel e Tim Glock que resolveram encrespar justamente na corrida decisiva.
Contra o público de Interlagos que o azarou desde o primeiro treino.
Contra São Pedro que aprontou o maior salseiro ao mandar chuva nas últimas voltas.
Contra as lembranças das barbeiragens do ano passado quando perdeu o título no Brasil, embora tivesse a vantagem equivalente a que teve neste ano.
Imaginem vocês o equilíbrio que é preciso ter para não fazer besteira – e das bravas – a mais de 200 horas.
Um pau-de-dar-em-doido chamado Vettel lhe atropela a duas voltas do final e lhe joga para sexto lugar, dando uma bica nas suas chances de ser campeão mundial.
Sem falar de um brincalhão, Tim Glock, que resolve não trocar os pneus na hora da chuva e fica pela aí ziguezagueando entre os primeiros colocados.
Pensem no sangue frio da ultrapassagem na última curva, a 500 metros da curva de chegada.
Isso tudo para um menino de 22 anos.
Os brazucas que me perdoem. O garoto mereceu.
Méritos legítimos para Felipe Massa que soube ganhar.
E soube perder.
É um grande piloto, está numa grande equipe – um tanto desastrada em alguns momentos do campeonato, é bom que se registre – e, mais cedo ou mais tarde, será campeão.
É uma questão de tempo
O esporte tem dessas.
E ainda bem que é assim…
