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No oco do mundo

Travei.

Volto amanhã.

Pode ser o cansaço natural e compreensível de novembro, quando se embica para o fim de um ano trabalhoso, complicado – mas, produtivo.

Pode ser a expectativa das tais festas natalinas.

O dólar nas alturas.

A viagem que gorou.

O time que desandou.

Os sonhos que ficaram pelo caminho.

Pode ser.

Pode ser também a expectativa do 700º post.

[Este que hora escrevo – escrevo? – é o de número 697.)

Faltam três…

II.

Tento um ar cerimonioso de senhor de todas as letras.

Em vão…

Ameaço falar das novas descobertas do pré-sal.

Dos assombros da crise econômica.

III.

Tento, então, saudar a seleção de Dunga.

Recomendo a mim mesmo cautela:

– Também não precisa exagerar. Calma que a inspiração chega.

IV.

Não chegou.

Corro aos portais que é assim que me informo, embora seja da antiga e não dispense a leitura diária dos jornais.

O que diz aí?

Piratas modernos atacam cargueiro nos mares da Somália, e fazem refém.

As ações da Nossa Caixa dispararam.

[Um amigo que sabe das coisas me recomendou a compra há 15 dias. Bobeei.]

V.

A Bovespa fechou em baixa.

O Rivaldo – lembram dele? – vai jogar mais três anos no Uzbequistão. Aos 36, defende o Bunvodkor, o time treinado por Zico, até 2011.

[Me permitam um breve comentário.Esse Rivaldo é o cara! Nunca lhe fizeram justiça por aqui. Que seja feliz. Ele merece.]

VI.

Há outros assuntos na pauta do dia.

Mas, nada me inspira além de um breve registro:

O trânsito de São Paulo tem mais de 100 kms de lentidão.

Hillary Clinton aceitou ser secretária do governo de Barak Obama.

Madona e Sean Penn se encontraram – e boataria comeu solta. Podem voltar?

[Que bobagem. O que me interessa?]

VII.

Com vêem, assunto não falta…

Mas, que fazer?

Travei.

Volto amanhã.

VIII.

Quem sabe com um bom assunto.

Um post daqueles que me leve para as homes da vida e os milhares de acesso.

Quem sabe?

IX.

Uma criança morreu num incêndio em favela no Jabaquara em São Paulo…

A notícia foi o “bom dia” que recebi do rádio do carro.

Uma entre tantas tragédias da grande cidade.

Fiz que não era comigo.

Mas, estou assim.

Oco, vazio, desenxabido…

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