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Strings de busca

Há tempos venho matutando a idéia de escrever algo sobre os strings de pesquisa do meu site e dos dois blogs que mantenho. É pura curiosidade minha que, por essa mania que tenho de levar a vida em voz alta, gostaria de repartir com vocês, meus cinco ou seis fiéis leitores.

Aproveito a chegada de dezembro (ufa! e oba!) para matar a minha curiosidade que, agora, espero, seja também a de vocês.

II.

O negócio é o seguinte.

Tenho um programete instalado em meu computador que garante o número de visitas diárias, mensais e anual do site. Nesse programa, há também um dispositivo que contabiliza a audiência das palavras chaves que são utilizadas para eventuais acessos. Há outros parangolés mais detalhados que não entendo direito – número de visitas por países, horários de picos etc – e que também não cabem nessa hora.

Enfim…

III.

Depois de todo esse enroscado intróito, vamos aos dez strings de busca mais acessados em novembro:

1º lugar – “rodolfo martino”
2º lugar – “olho de oros”,
3º lugar – “morar em buenos aires”,
4º lugar – “ismael fernandes”
5º lugar – “demarrar”
6º lugar – “países que mais sofrem com a fome”
7º lugar – “solange klai”
8º lugar – “ford Ipiranga”
9º lugar – “olhos de oros”
10º lug. – “para ser universal basta falar de sua aldeia”

IV.

Curioso perceber como essa listagem mostra o que fui ao longo desses 35 anos de vida profissional. Tem um pouco de tudo aí. Mais ou menos óbvio que o string mais procurado seja o meu nome que, alías, intitula também o site e os blogs. O segundo (olho de Orós) e o nono (olhos de Orós) mais o terceiro (morar em Buenos Aires) enfocam textos que fiz recentemente, já na fase de blogueiro. A expressão “olho de Orós” aparece num texto do personagem Dinoel ao descobrir a tatuagem na nunca da mulher amada. Já “Morar em Buenos Aires” é título de um post que reverencia a amizade e a ventura de morar na Capital portenha. Há uma segunda parte, escrita pela amiga Vanessa Schulz, que transforma este pobre escriba num personagem, diria, encantado.

V.

A minha fase colunista aparece no quinto (demarrar) e no oitavo posto (Ford Ipiranga). Durante mais de 20 anos fui editor e colunista de Gazeta do Ipiranga, o que justifica também o quarto (Ismael Fernandes) e o décimo lugar (Para ser universal basta falar de sua aldeia).

Demarrar quer dizer desatar, desfazer os nós, seguir adiante. Gerou uma coluna (Caro Leitor) a partir da fase de um determinado deputado em Brasília. Não lembro teor dos questionamentos do parlamentar. Lembro que fiz um texto pontuando os nós que amarravam o País às nossas dificuldades diárias. Ainda na coluna, contei a história da Ford Ipiranga que, àquela altura, estava prestes a encerrar suas atividades no bairro em que acolheu a primeira fábrica da marca no Brasil.

Ismael Fernandes era um amigo/irmão com quem convivi por décadas na redação de tábuas assoalhadas. Autor dos livros “Memória da Telenovela Brasileira”, Ismael hoje é uma grande saudade — só amenizada quando reverencio a sua lembrança neste espaço.

Dostoyevisky é o autor do pensamento “para ser universal basta falar da sua aldeia”. Transformei em citação de diversos textos meus após ouvi-la de outro grande jornalista: Mino Carta. Foi lá nos anos 70, quando eu e o amigo Clóvis Naconecy mais o Ismael ousamos fundar o Jornal da Mooca. Durou ano e meio a aventura…

VI.

Os dois outros strings (Solange Klai em sétimo e países que mais sofrem com a fome em sexto) trazem o meu momento de repórter vira-lata que fui e sempre serei. A esotérica Solange Klai era uma das minhas fontes mais assíduas quando escrevia matérias sobre comportamento e variedade, em meados dos anos 90. O texto sobre a fome, se bem me lembro, o fiz quando tinha como pauta uma matéria de meio-ambiente na Serra do Mar e constatei o cinturão da miséria que cercava a metrópole, a partir da região do Grande ABC.

A reportagem chamou-se “Você tem fome de quê”.

VII.

Creio que faltou apenas referências aos meus trabalhos na área dos esportes e da música popular brasileira. Na verdade, aparecem entre as 20 buscas mais acionadas. Ali, estão citações a Chico Buarque, à canção “Charles anjo 45” e as indefectíveis chuteiras Olé. Mas, o post já estourou o número de caracteres toleráveis.

Fica para uma próxima vez…

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