5 – Cenário do filme Luz das Trevas, de Helena Ignez e Ícaro Martins
Com Ney Matogrosso no papel principal. Anuncia-se como uma continuação de O Bandido da Luz Vermelha, filmado em 1968 por Rogério Sganzerla.
4 – Inspiração para o ensaio fotográfico de Renata Castelo Branco.
Publicado em livro de tiragem limitada no final do ano passado.
3 – Tema do livro do inglês James Scudamore, de 32 anos.
Já lançado na Inglaterra, o escritor recebeu elogios do Daily Telegraph pelo “vigor narrativo” e do Financial Time.
2 – Motivo e palco do projeto arquitetônico de Ruy Ohtake que coloriu as ruas do lugar.
1 – Estréia da escritora Maria Adelaide Amaral como roteirista de cinema.
Famosa por assinar minisséries famosas como Os Maias, JK, Meus Caros Amigos, a autora está fascinada pela possibilidade de contar a história da Orquestra Jovem Baccarelli, projeto do maestro Sílvio Baccarelli ali iniciado em 1966 e hoje mundialmente reconhecido.
A maior favela de São Paulo, Helíopolis, quem diria, ganhou um top five.
Como repórter e editor de um jornal de bairro no Ipiranga, acompanhei a “explosão” Heliópolis e o que significou para aquela região.
Posso lhes assegurar que o glamour andou distante.
O descaso das autoridades, sim, sempre se fez presente.
Heliópolis significa Cidade do Sol – e aquela região, entre o bairro do Ipiranga e o município de São Caetano, era para ser um local nobre não fosse o litígio que envolveu algumas famílias que se diziam herdeiras daqueles vastos campos e alguns órgãos do Poder Público, como o INSS e a Sabesp.
Por décadas e décadas, o que se viu ali foram campos de futebol. Um após o outro. Até que em 1972, por ocasião dos festejos dos 150 anos da Independência, o chamado sesquicentenário, obras de reurbanização e embelezamento foram realizadas nos arredores do Parque da Independência, onde está o Museu do Ipiranga.
Aproximadamente 100 barracos da Favela da Vila Prudente foram removidos para a construção de um viaduto, que daria acesso ao local das solenidades. A Prefeitura acomodou esse pessoal no que chamou de Núcleo Temporário de Habitação, ali, às margens da avenida Almirante Delamare.
Não preciso dizer mais nada. Preciso?
Aí por volta de 1978 já eram dezenas de milhares de habitações para uma população de aproximadamente 50 mil pessoas. Para o lugar, ao longo dos anos, e com o suceder de prefeitos de todas as matizes, se anunciou mundos e fundos. Planos habitacionais, áreas verdes, conjunto poliesportivo e todos os etecéteras possíveis e cabíveis em busca de votos e popularidade.
Pouco ou quase nada foi feito.
Com erros e acertos, para o bem ou para o mal, a comunidade tomou para si o destino da Cidade do Sol. E hoje mostra ao mundo a sua luz…