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No escurinho do cinema

Carimbo e dou fé para a iniciativa da Associação de Preservação do Cambuci e Vila Deodoro que pretende transformar em museu o espaço onde funcionou o templo da Igreja Renascer; ali, na avenida Lins de Vasconcelos.

Reportagem de hoje na Folha de S.Paulo, assinada por Mariana Barros, diz abaixo-assinado, neste sentido, já foi encaminhado para o prefeito Gilberto Kassab. O terreno seria desapropriado para abrigar um centro cultural, com acervo de 15 mil itens ligados à produção cinematográfica pertencente a um antigo morador Antônio Vituzzo, que faleceu em 2004.

Faz sentido.

Antes de a Igreja Renascer, naquele local funcionou o Cine Riviera por muitos e muitos anos.

Foi lá onde em meus tempos de garoto assisti nas matinês os filmes de Jerry Lewys e Dean Martin.

Mais crecidinhos, eu e centenas de jovens causamos um tumulto bobo para ver a primeira sessão de Help, dos Beatles.

Lá também foi exibido, anos depois, o documentário sobre o Festival de Woodstock. Passamos – eu e minha turma – não lembro quantas sessões corridas pregados às poltronas para urrarmos de admiração diante da guitarra em chamas de Jimmy Hendrix, da dilacerante voz de Jane Joplin e da demolidora interpretação de Joe Cocker para “With Litlle Help From My Friends”.

O Cine Riviera era nosso ponto de encontro das tardes de domingo.

Aventuras, amores e sonhos, embrulhados um a um feito drops Dulcora, com sabor de menta e encantamento.

Éramos felizes no escurinho do cinema.

FOTO no Blog: Caio Kenji

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