Respondo a algumas provocações que me foram feitas a partir do que ontem aqui escrevi:
Fim do jornalismo?
Não acredito.
Acredito em um novo jornalismo, de formato multimídia.
Mas, que em essência permanecerá fiel aos princípios de respeito à verdade factual e às funções crítica e fiscalizadora, inerente à profissão.
Fim dos veículos impressos?
Também não acredito – ao menos, em médio prazo.
Acreditem!
A mídia impressa ainda hoje é que registra maior credibilidade junto ao grande público.
E o jornalista como formador da opinião pública?
Há tempos ele coexiste junto a outras formas de manifestações midiáticas.
As novelas, por exemplo.
Lançam moda, alteram costumes, fazem o chamado marketing social.
Arebaba!
Têm um poder de persuasão imensurável.
Com o advento da internet e seus múltiplos tentáculos, estilhaçou-se o monopólio da informação. Qualquer um pode ter um blog – inclusive este um qualquer que escreve a vocês.
Qualquer um pode “furar” o jornalista ao divulgar um fato. De relevância ou não.
É exatamente por isso, me parece, que a sociedade precisa do jornalista.
Passa pela mediação jornalística o poder de se divulgar a notícia dentro do contexto em que o fato se dá. Com antecedentes e análises dos desdobramentos.
Assim o leitor/espectador/internauta pode formar um juízo mais independente da questão.
Li certa vez – não lembro onde – que o mercado da informação era um dos braços do poder no mundo contemporâneo. Mas, li também, no mesmo artigo, que o tal mercado andava tão congestionado e vago que, em breve, não teríamos afiançar o que de mais valioso existe na informação: o que é verdade e o que não é.
FOTO NO BLOG: aquivo pessoal/Nova York