– Temos respeito absoluto por Muricy. Só foi chato apertar a mão dele na hora em que veio se despedir da gente. Não que o tenhamos fritado. Mas é chato apertar a mão de alguém que indiretamente você ajudou a derrubar, pois não conseguiu os resultados.
Ouvi a declaração na Rádio Bandeirante, após o jogo de ontem em que o Palmeiras defenestrou o Flamengo do Piauí da Copa do Brasil: 4×0.
Ouvi – e não acreditei.
Quer dizer, acreditei. E só podia ser ele…
O goleiro Marcos é mesmo um meninão.
Uma dessas almas raras que se dispõem a ser sinceras em qualquer ocasião.
Suas declarações, via de regra, são exemplos irretocáveis deste comportamento único.
Beiram a ingenuidade, muitas vezes; mas nunca deixam de expressar o que sente e acredita.
Essa entrevista deveria constar da antologia das melhores momentos do futebol.
Certa vez, o jornalista José Roberto Torero comparou Marcos ao Menino Maluquinho, notável personagem infantil criado por Ziraldo.
Faz todo o sentido.
Só mais uma observação, permitam-me.
O futebol seria bem mais divertido se outros tantos Marcos existissem por aí.
Divertido, e digno…