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A imprensa e o futebol

A verdade, doa a quem doer.

Será que essa máxima do jornalismo se aplica à chamada crônica esportiva?

Tenho um amigo, notável jornalista e emérito professor, que diz que não.

E explica:

“Jornalismo esportivo, quando ultrapassa os limites da informação, quando vai para o campo da opinião, via de regra, vira bate-boca de botequim. Pouco ou quase nada se aproveita de objetividade. Vira entretenimento, diversão, qualquer coisa assim. Mas, passa longe, bem longe do bom jornalismo.”

Ao longo dos anos de convivência, já lhe manifestei minha discordância. O que gera cordiais discussões prontamente relevadas pela nossa amizade ou por outro tema mais palpitante que venha animar as conversas.

De algum tempo para cá, no entanto, procuro mudar de assunto sempre que ele vem com a provocação.

Ando sem bons argumentos.

Por tudo que ouço, vejo e leio sobre futebol – que em essência é o único esporte que me interessa e interessa ao grande público – ando inclinado a lhe dar razão.

Os homens andam cheio das razões e das verdades absolutas.

Querem um exemplo?

Não aguento mais ouvir a cantilena da não convocação de Ronaldinho Gaúcho.

E olhe que não sou daqueles Pachecões que dão a vida e a alma pelo tal escrete canarinho, não!

Também não sou defensor do agora técnico Dunga.

Mas o gaúcho foi tão pragmático e bem-sucedido no comando da seleção que não deixou margem a maiores especulações.

Pode-se concordar com ele ou não – e ponto.

De resto, é uma questão de opinião.

E opinião, como diz esse mesmo amigo (e me perdoem o politicamente incorreto), é como bunda: cada um tem a sua.

* Amanhã, essa conversa continua…

* FOTO NO BLOG: Régio Calabria/arquivo pessoal

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