Galvão Bueno, quem diria?, acabou celebridade.
E mereceu amplo espaço em duas das mais respeitáveis publicações nativas.
Foi neste fim de semana:
01. destaque na entrevista de domingo (página inteira) na coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.
02. destaque também na concorrida entrevista das páginas amarelas da revista Veja.
Nadou de braçada. Falou o que quis, tipo: “a Globo deveria mandar mais no futebol brasileiro – ela que paga a conta.”
Enfim…
Vou ser sincero.
Não sou exatamente um fã de Galvão.
Ele opina mais do que narra.
Como nossas opiniões não batem…
(Por exemplo, não acho o Juan o melhor zagueiro do mundo. Onde estava o moço no tento de Henri na Copa de 2006 e, mesmo agora, nos gols do Drogba (de Gana) e do baixote da Holanda que desclassificou o Brasil?)
… se possível e quando permitem a qualidade das imagens e das transmissões das concorrentes, prefiro outra emissora. Sem mágoa, nem rancor.
Para quem não sabe, um pitadinha histórica sobre Galvão Bueno.
Ele apareceu nos idos de 70 ao vencer concurso para comentarista da Rádio Gazeta, então comandada por Milton Peruzzi. Era a emissora líder de audiência nas coberturas esportivas e o programa do meio-dia Dispara Nos Esportes era um fenômeno de audiência.
Anos depois Galvão Bueno migrou para a TV e substituiu Luciano do Valle, o locutor número um da Globo que deixou a emissora líder para realizar – também com sucesso – uma carreira de empresário esportivo.
São quase 40 anos de jornalismo.
Pode-se concordar ou não com ele.
“Cães e pães é questão de opiniães”, ensinou o grande Guimarães Rosa.
No entanto, e no embalo das recentes declarações, é mais do que oportuno registrar o grande respeito – e mesmo a admiração – que merece o profissional que soube transformar em realidade seus mais ambiciosos sonhos profissionais e pessoais. Sem abrir mão da dignidade.
** Pré-lançamento do livro
MEUS CAROS AMIGOS –
Crônicas sobre jornalistas,
boêmios e paixões (foto)
http://www.lojadadireta.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=529