A propósito da polêmica sobre o filme A Origem, que não assisti e não assistirei:
Conta-se que Jung teve, certa noite, um sonho que o impressionou deveras.
Era uma cena bonita: a de um iogue em frente a um templo de oração, mergulhado em profunda meditação.
O homem estava sentado em posição de lótus.
Ficou curioso – e aproximou-se.
Aí, o seu espanto.
O rosto do iogue em transe era o seu.
Foi nesse exato instante que despertou, com uma suspeita aterrorizante.
“Se é ele quem medita e sonha e eu estou no seu sonho. Quando ele acordar, eu deixarei de existir."
(* Em Livro dos Sonhos, de Jorge Luis Borges)