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Dener

Foi um dos mais interessantes trabalho de conclusão de curso que orientei neste semestre:

INCONTROLÁVEL – a vida e a carreira de Dener

O livro-reportagem é de autoria dos agora jornalistas (pois, foram aprovados em banca) Arthur Quezada, Bruno Quaresma, Caio Fernandes, Orlando Müller, Renato Eusébio e Raphael Di Cunto. Um belíssimo projeto que desvenda a trajetória do garoto Dener que encantou os estádios e morreu tragicamente em abril de 1994.

O prefácio é de André Kfouri.

Muito interessante também a forma como iniciaram cada capítulo. Usaram para tanto trechos da crônica do mestre Armando Nogueira, escrita ao saber da morte do craque.

Eu as transcrevo a seguir:

“De que servem meus pés, se Deus nunca
me ensinou a jogar como Dener?”

II.

“Tua bola nunca foi a bola dos homens
que é meio de vida.
Tua bola sempre foi a dos meninos,
que é fantasia, apenas.”

III.

“Tinha olhos de desenho animado.
Redondinhos.
Duas bolinhas de meia. Levemente tristes.
Olhar de drible.
Dissimulado, de quem pressentia
um golpe traiçoeiro da vida”.

IV.

“Ele saiu driblando meio mundo.
E foi deixando pelo caminho cinco adversários,
sem pai nem mãe, batendo cabeça com cabeça
e trocando as pernas.

V.

“Desde Garrincha, ninguém driblou
neste mundo com a graça
e audácia de Dener.”

VI.

“Teu troféus, que eu saiba, foram
todos esculpidos no tempo e no vento.
Na pureza da grama que florescia
de teus dribles. Flor de tantas
relvas por teus pés pisados.”

VII.

A morte silencia os pés de Dener.
Pés polêmicos.
Angelicais.”

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