Nossa profissão não existe sem o sonho e a utopia de um mundo melhor. Lá no mais antigo dos anos, ainda estudante de jornalismo na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, fui parar num congresso de estudantes em Curitiba. Década de 70, provavelmente atrás de alguma moça que nunca encontrei. Um jeito bom de sonhar também. Mas, o que eu queria dizer é que lá ouvi o octogenário bispo de Olinda, dom Hélder Câmara, dar uma lição de vida e coragem aos jovens em pleno período ditatorial.
Ele citou uma frase que o mago Raul Seixas transformou em letra de música, tempos depois:
“Sonho que sonha só é só um sonho que se sonha só. Sonho que se sonha junto é realidade.”
Esse poema/canção continua valendo.
O país precisa daqueles que ousem sonhar.
O país precisa daqueles que ousem transformar o sonho em realidade.
• Trecho do artigo “Nossa Profissão Não Existe Sem o Sonho e a Utopia De Um Melhor” que escrevi para a coletânea “Profissão Professor. Um Painel de Casos e Opiniões”, lançado pela Cia. Dos Livros, com organização do professor José Predebon. Trata-se, segundo o organizador, de “manifesto instigante e pungente da realidade docente do Brasil do século XXI”.