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Meninos do Brasil

O empresário Wagner Ribeiro cronometrou. Alegre que só, olhar atento no prodígio que empresaria.

Foram 14 segundos de ginga pura de Neymar pra cima do palmeirense Patrick.

Como um elegante mestre-sala, o menino craque não tocou a bola em todo esse tempo.

Apenas sambou para delírio da galera.

Quando Patrick deu o bote já era.

Neymar saiu pela esquerda, foi para cima de Márcio Araújo e se enroscou com Cicinho que, deu sorte, ficou com a bola.

De em nada, mas valeu o espetáculo.

Os torcedores uivavam de alegria.

II.

Bola que rola…

Minutos depois, do outro lado do campo.

O menino Patrick deu o troco.

Seu balanceio durou um átimo de segundo.

O suficiente para deslocar o marcador santista.

Hábil que só, vislumbrou Kleber deslocando-se entre os zagueiros santistas.

Com uma insidiosa ‘cavadinha’, alçou a bola para, milimetricamente, pingar a frente do atacante que, com um leve toque de peito de pé, sacramentou o gol da vitória esmeraldina.

Que beleza!

III.

Na Arena Barueri, Lucas – que um dia foi Marcelinho – fez um gol de quem sabe e é craque.

Lembrou Maradona na Copa de 86 – só que pelo lado direito do campo.

Lembrou Ronaldo, incontrolável com a camisa do Barcelona.

Lembrou Pelé; sim, Pelé, dos meus tempos de criança.

Valeu!

Aqui ainda é – desconfio, sempre será – o País do Futebol.

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