Serginho Leite morreu ontem, em São Paulo, aos 55 anos.
Soube da sua morte pela TV.
Há tempos não ouvia qualquer referência sobre o músico, apresentador, humorista e imitador que revolucionou a linguagem das FMs na década de 80.
Aliás, estranho – e muito – essa ausência.
Justamente no momento em que essa leva de jovens humoristas invade teatros, bares, programas de TV e rádio. Estão em todas as mídias, nas redes sociais com um sucesso avassalador.
Serginho foi um dos pioneiros na consolidação do gênero no rádio brasileiro.
É certo que ele veio de uma bela escola – o Show de Rádio, do mestre Sangirardi.
Mas, a identificação da Jovem Pan FM com os jovens se deve muito ao divertido estilo que Serginho desenvolveu até intuitivamente.
O sucesso foi tanto. Que logo outros tantos seguidores transformaram essa linguagem em padrão de todas as FMs.
A partir do rádio, Serginho enveredou para a TV e para shows em todo o País.
Uma de suas paródias, sobre a música “Tereza da Praia”, tornou-se um clássico do humor brasileiro. Na versão original, assinada por ninguém menos do que Tom Jobim e Billy Blanco, os intérpretes Dick Farney e Lúcio Alves disputam os encantos de uma garota carioca que, no inverno, passou com um e o verão…
Adivinhe com quem?
Para a paródia, Serginho vestia-se a caráter.
Era metade Cauby Peixoto e metade Agnaldo Timóteo, com perucas, trejeitos e timbres de voz adequados. O objeto de desejo e de disputa era outro…
Divertidíssimo!
Foi um de seus melhores momentos.
Serginho andava esquecido, injustamente.
Porque essa rapaziada de hoje deve muito a ele…