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Meninos do Brasil

Disse ontem que tão cedo não falaria de futebol.

Estava convicto da decisão.

Mas, permitam-me amáveis cinco ou seis leitores, quebrarei a promessa.

É que um fenômeno – que não foi o roliço Ronaldo – chamou minha atenção.

Reparem quantos jovens valores estão de volta ao futebol brasileiro.

Entre outros, foram repatriados:

André (para o Galo)

Jô (para o Inter)

Henrique (para o Palmeiras)

Denílson (para o São Paulo).

Somados a outros que já andam pela aí, como o Keirrison (encostado no Santos), esses meninos bons de bola tentam voltar à cena futebolística nacional e, queiramos ou não, reconstruir suas carreiras.

Eu mesmo, por ocasião, das vendas de Keirrison e André usei esse modesto espaço para chamar a atenção dos promissores atletas e de seus agentes. Cometiam grave erro. Mais perderiam do que ganhariam com as precipitadas transferências.

Imaginem:

Quanto valeria um André, parceiro natural dos badalados Ganso e Neymar, agora que o Santos é campeão da Libertadores?

Sejamos menos materialistas. Vamos pensar, então, na felicidade do garoto (que seria titular, seguramente no lugar do Zé Love) em participar de tamanha conquista.

Pois é…

Valeu a pressa?

Jô, Henrique e o volante Denílson ainda se viraram nos trinta.

Perderam prestígio. Mas, de certa forma, foram importantes para os clubes onde jogaram.

O caso mais grave mesmo é o de Keirrison, o K 9, artilheiro, o tal que abandonou o Palmeiras para o Barcelona, onde só vestiu a camisa na apresentação.

De volta ao Brasil, o menino parece ter desaprendido o caminho do gol.

Uma pena!

Assim como é uma pena, uma lástima, ver esse talentoso Danilo, do Santos, cometer o mesmo equívoco. É certo que o Porto chegou com um caminhão de euros – 12 ou 13 milhões; mas o menino ainda tem muito que aprender no ofício da bola. No Peixe, ele está em casa. No Porto, será apenas mais um da legião estrangeira…

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