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PVC na Metodista

Paulo Vinicius Coelho conversou por mais de duas horas com os estudantes de jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo. Auditório lotado – e muita atenção nas ponderações de um dos mais renomados jornalistas esportivos do momento.

PVC foi aluno de jornalismo da Universidade, no fim dos anos 80.

Começou a carreira em jornais da região – cobriu polícia, buraco de rua e o que pintasse. Fez o curso da Abril, trabalhou em Placar e no Lance. Foi colunista da Folha – e atualmente está na ESPN/Brasil, na rádio Estadão/ESPN e tem coluna semanal em O Estado de S. Paulo.

Trajetória relativamente comum na vida de boa parte dos profissionais da área.

O que é raro de se ver – e sobra em PV – é a consciência da responsabilidade social das funções e dos deveres do jornalista, seja qual for a área de atuação.

“Antes de pensar em ser jornalista esportivo – ou jornalista de futebol que é o que hoje eu sou – sempre quis ser jornalista. Entrevistar, apurar, checar, escrever… Se você se empenhar em desenvolver tais práticas, pode atuar nas diversas segmentações do jornalismo: econômico, político, de cidades, de cultura… Inclusive o esportivo.”

“Essa é a minha rotina diária.”

“Me sinto um privilegiado, pois faço o que gosto. Eu escolhi viver assim. Prefiro a rotina de trabalhar sete dias por semana do que ‘morrer’ cinco dias para viver dois nos finais de semana, como acontece a muitas pessoas.”

“No trajeto que me trouxe a São Bernardo, liguei para o Mano Menezes, para o Adílson Batista e para saber da estreia de Luiz Fabiano no jogo de domingo. Preciso buscar informações que darão base aos meus comentários e análises, aos meus textos.”

“O jornalista não é quem sabe. E quem sabe encontrar quem sabe, entenderão?”

“Decidi ser jornalista aos 14 anos. As pessoas achavam que poderia não dar certo. Além de me considerarem tímido para o exercício da profissão, falavam que eu não arranjaria emprego, pois o mercado era muito restrito e competitivo. Falavam também que jornalista ganha mal.”

“Ao menos nesse segundo quesito, eles acertaram.”

Se deixasse, a conversa seguiria noite a dentro.

Como mediador só consegui encerrar a oitava edição do Encontro de Jornalismo às 22h15, de ontem.

A platéia ainda estava repleta.

Sequer terminei o agradecimento pela ilustre visita, o auditório irrompeu em aplausos – e, num impulso coletivo, a garotada correu ao encontro do PVC.

Olhares de admiração, pose para fotos e a mágica sensação, tipo: “eu sou você amanhã”.

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