Começou bem minha semana.
(Toc, toc, toc…)
Logo às 7h30 da matina desta segunda, lá estava eu a conversar com estudantes do segundo semestre do curso de jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo.
Tema do encontro: aspectos políticos, econômico e sociais da Copa do Mundo que será realizada no Brasil, em 2014.
Fiquei honrado com o convite – e achei bem oportuna a iniciativa dos estudantes.
A cada quinze dias, no horário livre de aula, eles pretendem convidar um dos professores do curso para mediar a discussão do grupo sobre um tema da atualidade.
Vale como atividade extracurricular.
Vale, principalmente, pelo interesse que os próprios alunos demonstram em aprender. À luz da discussão e da troca de ideias.
A rapaziada está super informada.
E, modestamente digo, bem encaminhada como futuros profissionais.
Em sua última passagem pelo Brasil, o emblemático Gay Talese foi enfático ao comentar o trabalho do jornalista. Hoje e sempre.
Não há rede social que suplante o rigor pela busca da verdade factual.
Para o autor de “Fama e Anonimato” e um dos percussores da corrente chamada New Jornalism, o profissional de Imprensa precisa questionar as próprias inquietações. Por isso, em essência, ele é um repórter que sai às ruas para ouvir as diversas versões do mesmo fato.
Citou como exemplo o cidadão que, no aconchego do próprio lar – se não me engano, ele disse cozinha –, abre o computador e se põe a escrever sobre tudo e sobre todos, com o firme propósito de que está fazendo jornalismo.
Ledo e ivo engano.
Não há jornalismo sem apuração e sem que se ponha em dúvida, muitas vezes, as próprias convicções.