Termina o jogo Palmeiras e Comercial.
O repórter de campo corre para pegar uma brecha na entrevista de Marcos Assunção à saída do gramado.
Ouve-se a pergunta de um dos tantos repórteres que cercam o boleiro:
— Assunção, a torcida está gritando “vergonha, vergonha”. O que você tem a dizer? É vergonha mesmo?
Assunção tenta se livrar do assédio– empatar com o Comercial com dois a menos durante quase todo o segundo tempo não é tarefa das mais auspiciosas.
— É isso mesmo. Não fizemos uma boa apresentação. A torcida tem o direito de gritar o que quiser.
Momentos depois os microfones voltam-se para o goleiro Deola, também à saída do gramado:
O repórter não tem dúvida em qual será a provocação:
— Deola, o Assunção usou o termo “vergonha”. É isso mesmo?
Jornalismo, zero.
Sessão fofoca, um.
II.
Desconfio que a sucessão de Mano no comando da seleção já está em andamento.
Amigos do presidente da CBF, José Maria Marin, andaram conversando com o presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, sobre a situação de Luiz Felipe Scolari. Até quando vai o contrato do treineiro com o time da Turiassu.
Também na Vila Belmiro chegaram rumores do interesse da CBF em Muricy Ramalho.
São os dois nomes que se destacam.
Por enquanto, Mano Menezes vai tocando, mas as Olimpíadas serão decisivas.
Fumaça e fogo, lembram da velha máxima…
III.
Depoimento do Rodrigo Santoro à revista TAM Nas Nuvens, que registrou o papo do ator com o escritor Marcos Eduardo Neves (autor de “Nunca Houve Um Homem Como Heleno”), sobre um dos personagens mais instigantes do futebol brasileiro, o craque Heleno de Freitas, que tem sua história retratada nos cinemas da cidade.
“Espero que ele (Heleno) se sinta homenageado onde quer que esteja. O livro que você escreveu, Marcos, eu recomendo. E posso assegurar que fizemos esse filme com o coração, cuidado e respeito. (…) Fizemos o retrato de um cara que é patrimônio do futebol brasileiro. O filme acabou sendo bem realizado, tem potencial e o está exercendo, mas não faço filmes para buscar resultados. Faço para contar uma história. O resultado é consequência.”