Sign up with your email address to be the first to know about new products, VIP offers, blog features & more.

Nataly e o Brasil

Logo mais, aí por volta das cinco e meia da tarde, Nataly vai cortar as ruas do bairro de Pocitos (Montevidéu), com passos apressados até chegar ao restaurante onde trabalha na esquina das ruas 21 de setembro com Juan Benito Blanco.

Ela vai retomar a lida de atender às mesas com bloquinho na mão e um sorriso no rosto, além da natural presteza que cativa à clientela.

Essa é sua rotina de quarta a domingo. “Divertida, pero algo cansativa”, diz ela.

Tem folga na segunda e na terça, quando diminui sensivelmente o movimento de turistas na capital uruguaia.

“Somos uma casa de carnes típica. Trabalhamos com esse público, basicamente”, acrescenta ciosa do que diz e faz.

Por falar em fazer, ela aproveita esses dias para por em ordem os afazeres escolares e domésticos.

Nataly é colombiana. Aparenta andar aí pelos vinte e pouquíssimos anos. (Homens da minha geração, nem sob tortura, perguntam a idade a uma mulher) É simpática, e linda (Aqui a ordem dos fatores não altera o harmônico resultado final). E estuda Negócios Internacionais na Universidade de Montevidéu.

Bendito intercâmbio!

Agora, o melhor da festa para a rapaziada brazuca…

Sabem qual o sonho de Nataly?

Falar português com fluência e, creiam, morar no Brasil.

Preferencialmente em São Paulo.

— Minha professora de português nasceu no Rio de Janeiro, é,como se diz…

— Carioca.

— Isso. Mas, eu disse a ela que São Paulo é ‘mais grande’, mais importante para quem quer seguir a carreira que escolhi.

A conversa com a bela Nataly foi uma das tantas, com o mesmo teor, que tive com diversos estudantes de toda a América Latina, recentemente em Montevidéu, durante o XI Congresso Latinoamericano de Investigadores de la Comunicación.

Dá orgulho ver a imagem de país forte e promissor que hoje o Brasil ostenta lá fora.

Os jovens querem vir para cá; estudar e/ou trabalhar. Preparar-se para a construção de um mundo melhor.

Somos a terra prometida, quem diria?

O tal do país do futuro que nos bate à porta.

Tudo bonito, mágico. Que nos custou – e custa – uma trajetória de sacrifícios.

Junto com o orgulho, caro, vem a consciência de que aumenta a nossa responsabilidade de continuarmos a trilhar o bom caminho.

E que há muito ainda para se fazer…

Verified by ExactMetrics