Pois então continuemos o papo de ontem…
O clima de Aruba é árido, mas não chega a incomodar.
A vegetação é pouca – e as árvores têm os galhos que se inclinam horizontalmente, o que lhes dá uma configuração singular.
Não há rios.
O que obrigou os arubianos a desenvolver – e implantar – um moderno sistema de dessalinização da água do mar só comparável ao que existe em Israel.
Em toda a extensão da ilha, a água é potável.
Com a desativação da refinaria de petróleo – fundada em 1924 – o turismo passou a ser a grande fonte de renda.
Não houve problemas para os nativos, pois eles dominam quatro idiomas – o holandês, o inglês, o castelhano e papiamento (a língua criada pelos arubianos e que reúne um vocabulário diverso, inclusive com adoção de palavras em português).
É divertido vê-los esgrimir, com tranqüilidade, tamanha verve.
Parece que eles possuem uma chavinha que, a depender das circunstâncias e da nacionalidade do interlocutor, os coloca aptos à conversação.
Desde 1986, Aruba conseguiu desvincular-se das Antilhas Neerlandesas, tornando-se um território autônomo do Reino Unido dos Países Baixos.
— Todos aqui se sentem orgulhosos e se consideram holandeses. Comemoram até o aniversário da rainha com feriado nacional e vestimenta cor de laranja.
Enquanto aguardamos o embarque para a Sampa nossa de cada dia, o senhor de cabelos levemente acajuzados continua encantado com tudo o que viu e vivenciou na ilha.
— Estamos deixando o paraíso, lamenta mais uma vez.
* amanhã continua…