Ensaio publicar um novo livro neste ano.
Seria o quarto que escrevo – e o terceiro que editaria consecutivamente nos últimos três anos.
Aliás, foi uma promessa que fiz a mim mesmo, em 2006, quando comecei com o blog.
Reunir as bobagens que escrevo em coletâneas; se possível, uma por ano.
Tenho a ideia de chamá-la “Volteios” porque narram um pouco das ‘voltas’ que dei mundo afora e outras tantas que, de resto, o mundo deu em mim.
Histórias vividas, observadas – e algumas até inventadas.
O amigo José Reis desenvolveu o projeto gráfico.
Agora, trabalho na revisão das crônicas que escrevi – e postei aleatoriamente – entre 2005 e 2008.
II.
Nessa releitura, descubro que o jornalista Vladimir Herzog completaria 75 anos neste mês de junho – dia 27.
É que inclui entre os trabalhos reunidos o ensaio que escrevi sobre o jornalista e professor da Universidade de São Paulo (“A Importância de Lembrar Vlado”) e foi publicado pelo Jornal da USP, em dezembro de 2005.
À época, houve série de solenidades que reverenciaram a memória de Vlado que foi assassinado pela ditadura em outubro de 1975.
Transcrevo aqui dois parágrafos do longo texto:
“Também é importante lembrar Vlado nestes dias em que o Brasil vive mais uma de suas crises políticas e institucionais. Política, sim, porque a esperança deu lugar ao medo, perdendo-se em Valdomiros, mensalões, Dirceus, Correios, Valérios e assemelhados. Institucional, sim: a pecha da corrupção paira sobre os três Poderes e sobre os homens públicos.
Importante lembrar Vlado porque muitos já se esqueceram das excrescências que todo regime arbitrário perpetra onde se instala. Também porque nunca é demais reafirmar os valores democráticos e universais. Importante lembrar Vlado para que possamos reiterar a fé neste país e na sua gente.”
III.
Não sei se o livro fica pronto a tempo da Bienal do Livro, em agosto em São Paulo.
Reverenciar a memória de Vladimir Herzog é obrigação diária dos que se batem por umm País democrático e socialmente mais justo.