Por que não lhes falei do desempenho olímpico da nossa Pátria mãe gentil em Londres?
O que acho de Mano Menezes à frente da seleção brasileira?
O julgamento do mensalão vai acabar em pizza?
Cadê o noticiário sobre a CPI do Cachoeira?
Os personagens homens da novela Avenida Brasil são todos estúpidos e abobalhados?
E as mulheres de Gabriela são ou quengas ou recalcadas?
A eleição para prefeito em São Paulo é importante para decidir quem será o sucessor de Dilma em 2014?
Você viu? O Zezé Camargo está solteiro na pista?
O novo livro do Paulo Coelho, gostou?
Caros…
Não tenho como lhes responder questões de cunho e calibre transcendentais, como as supracitadas.
Já lhes disse, embora raros me levem a sério (no que, de resto, fazem muito bem), sou um homem simples do Cambuci, bairro paulistano de tempos idos e vividos quando havia bonde e os homens usavam chapéus.
Nada sei desta e de outras vidas, escorrego como posso no alinhavar de letrinhas uma após outra, uma após a outra, que, em síntese é a parte que me cabe neste latifúndio.
Em suma, pouco poderia acrescentar ao que foi dito e desdito pela mídia no todo e em partes desiguais.
Sou…
… um cronista de jornal, sem jornal e das antigas, como definiu um dos meus amáveis cinco ou seis leitores.
Virei blogueiro, mais por circunstâncias do que por pompa.
Aliás…
… por força das tais circunstâncias e do ofício, vou lhes dar uns dias de folga.
Vocês merecem.
Viajo amanhã para o Rio de Janeiro. Participo do 5º Encontro de Jornalismo em Rede do Canal Futura.
Quem sabe, na volta, não tento responder essas e outras perguntas que, diga-se, nunca me fizeram. Mas, estão aí, na boca do povo.