Meus considerados…
Dou início ao texto de hoje com a citação do amigo (que se perdeu no tempo e nos desvão da vida) Valtinho Cazuza, zagueiro central do “cascudão” do saudoso Santos Futebol Clube do Cambuci e imponente passista da Escola de Samba Império do Cambuci.
Dizia o nobre amigo:
– O mundo se divide em que é do ramo e quem não é…
Valho-me dessas sábias palavras para dizer o seguinte.
Anotem:
O Valdivia não é um supercraque, não anda bem faz tempo, não é nenhum santo, mas é o camisa 10 do Palmeiras e, acrescento, sem medo de errar: é do ramo.
Teve um bom momento no Palmeiras em 2008, chutou o ar em jogo contra o Corinthians, brincou de ‘chororô’ diante do Rogério Ceni e provocou ódios e rancores em adversários e torcedores adversários que definitivamente não o perdoam. Inclusive jornalistas ‘torcedores’ e ex-boleiros que insistem em culpá-lo pela campanha e rebaixamento do time.
Acho até natural a reação dos caras.
Compreensível.
Só não entendo que a própria torcida palmeirense engrosse o coro dos descontentes.
E caiam no barulho do ‘fora Valdivia’.
Li dias atrás, aqui mesmo no Uol, enquete entre torcedores sobre quais os jogadores o Palmeiras deveria manter no elenco para 2013.
O Valdivia aparece em 15º lugar.
Não vou entrar em rota de conflito com os votantes.
Cada um, cada um.
Talvez nem todos sejam palmeirenses.
Mas, há que se considerar que o chileno teve um ano lascado. Contusões musculares atrás de contusões, um sequestro traumático e a torção no joelho que o afastou os últimos dois meses do gramado.
No meio de toda essa mal parada situação, ainda fez um gol decisivo na Copa do Brasil.
Caros, vamos mudar esse clima de “caça às bruxas”.
E dar uma força para o mago voltar a fazer das suas…