Trechos da história do rádio, pinçados do memorial do trabalho de conclusão de curso “Intuição Feminina”, drops para programação radiofônica, defendido pelas estudantes Andressa Prates Tonetto, Carolina Novais Cenciarelli, Caroline Marques Moares Sarmento e Marina Pereira Ferrer na noite de ontem, no auditório da Universidade Metodista de São Paulo, no campus Rudge Ramos.
“No dia 7 de setembro de 1822, durante a inauguração da Exposição do Centenário da Independência na Esplanada do Castelo, o público ouviu a primeira transmissão de rádio no Brasil: um pronunciamento do presidente da República, Epitácio Pessoa, e a ópera “O Guarani”, de Carlos Gomes, transmitida diretamente do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
“(…) Roquete Pinto definiu como foi a primeira transmissão de rádio no Brasil: “Tudo roufenho, distorcido, arrombando os ouvidos – era uma curiosidade sem maiores consequências.
“Em 1923, Roquete Pinto inaugurou a Rádio Sociedade. No ano seguinte, foi inaugurada a Rádio Clube do Brasil. Em 1926, foi inaugurada a Rádio Mairynk Veiga, seguida da Rádio Educadora, além de outras na Bahia, Pará e Pernambuco.
“Na década de 30, o rádio passou a ser considerado um veículo de comunicação de massa, refletindo as mudanças pelas quais o País passava o crescimento da economia nacional, investimentos estrangeiros e o País sendo um mercado promissor.
“O novo meio de comunicação de massa passou a determinar modas e criar gostos, impondo gêneros de música popular. (…) A programação (também) começou a ser mais variada com programas humorísticos, esportivos e de auditório, com predomínio da música popular brasileira.
“A década de 40 ficou conhecida como Época de Ouro (do rádio) e foi marcada pela concorrência acirrada (entre as emissoras) e pela (mudança de) de programação que deixou a elite e tomou conta do popular. Surgiram as primeiras radionovelas e o IBOPE.
“As mulheres então se destacaram nas rádios. Ivani Ribeiro, por exemplo, era cantora e interpretava canções folclóricas e sambas, sempre acompanhada por uma orquestra. Integrou também o elenco da PRG-2 Rádio Tupi de São Paulo.Em 1940, já pertencia ao elenco (de radioatores) da Rádio Bandeirantes para a qual transferiu-se juntamente com o marido Dárcio Alves Ferreira, locutor premiado e respeitado pela crítica especializada.