Sobre o post de ontem, o amigo Escova me diz que tentou postar um comentário.
Desistiu “por questões técnicas” e pessoais (“Não sei lidar com essas engenhocas”).
Seu propósito era elencar outros nomes de craques que fizeram nossa cabeça, naqueles idos – Baltazar, Roberto Dias, Chinesinho, Valdir Joaquim de Moraes, Poy, Dorval, Coutinho, Pepe, Djalma Santos…
“… Aproveite e complete com os craques da seleção de 58. Gylmar, De Sordi Belini, Orlando, Nilton Santos, Zito, Garrincha, Didi, Vavá, Pelé e Zagallo. Dida, Castilho, tantos, tantos… Deveria falar também do noticiário esportivo do Canal 100. Do nosso entusiasmo ao ouvir a música que introduzia a cobertura dos jogos. Tatarantaran… Bons tempos!”
Escova é meu contemporâneo.
Morava na Vila Carioca, periferia do Ipiranga, e eu no Cambuci. Para a época, havia uma distância razoável entre ambos. Mas, nas duas freguesias, o que não falta era campo de futebol. Só nos conhecemos naquela velha redação de piso assoalhado e grandes janelas para a rua Bom Pastor. Éramos repórteres, “jovens e inconseqüentes”, como enfatizava, a cada estripulia que aprontávamos o Velho Marques, nosso primeiro editor.
Escova me chama atenção para que todos os garotos da nossa geração eram iguais, sonhadores e, à sua maneira, românticos. Mesmo assim fez questão de cravar a bonita frase que o Papa Francisco disse quando, em junho, esteve entre nós, no calor das manifestações:
“A juventude é janela pela qual o futuro entra no mundo.”
Escova acrescentou:
“Seja em que tempo for.”