Em recente dinâmica entre coodenadores de cursos na Universidade em que trabalho, foi proposto a nós, participantes, que destacassemos, publicamente, a lembrança mais importantes de professores que, seja em que nível de aprendizado fosse, marcaram decididamente suas carreiras.
Aproveito o 15 de Outubro para aqui registrar as escolhas que fiz naquele dia.
Primeiro, lembrei-me das aulas do professor Cassemiro (assim mesmo com dois “ss”) no ensino médio do Colégio IV Centenário, no Ipiranga. Ele também dava aula na PUC, mas nos iniciou nas teorias do pensamento e nos estimulou a entender melhor o que se passava no Brasil em 1968, o ano que não terminou.
Lembro-me que fiz uma redação sobre o 7 de Setembro que me valeu o apelido de “subversivo”. Que, registre-se, ele logo tratou de desfazer junto à classe. Por óbvios motivos.
Outra lembrança foi a professora de Literatura do cursinho. Imperdoável, sequer lhe citar o nome que a memória apagou. Mas, suas aulas e a paixão pelos escritores e poetas me tornaram o melhor aluno da turmo na disciplina, além de me empurrar para a almejada vaga na ECA/USP.
Fez mais – e talvez pior.
Despertou, neste humilde escriba, o sonho enrustido por anos e anos (e que ainda persigo) de ser um deles.
O terceiro destaque foi o jornalista e professor Vladimir Herzog que dava aula de telejornalismo na ECA, naquele fatídico outubro de 1975.
“Ser jornalista, ensinou o mestre, é perseguir a verdade até o fundo do poço”.
Como veem, meus caros cinco ou seis amáveis leitores, se não sou bom na coisa, não foi por falta de notáveis professores.
