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O nome dela é…

O amigo Nicola, um dos meus amáveis cinco ou seis leitores e, vez outra personagem das tramas deste blog, me alerta para um ‘buraco’ que ficou na crônica de ontem.

Ele quer saber sobre o final da história do amor secreto do Escova.

Sabem vocês, amáveis cúmplices das bobagens que escrevo, que Nicola acumula funções de taxista e psicólogo e prepara (ou já defendeu, nunca sei direito) tese de doutorado sobre o palpitante tema “Mulheres Que amam Demais”.

Pois então… Narrativas de amor, romances mal parados, encontros e desencontros são de valioso interesse do próprio.

Tentarei, pois, esclarecer o que conseguimos apurar naquele dia…

II.

Não preciso dizer, mas digo…

Desvendar o mistério da vida do Escova foi o assunto daquele dia.

Pressionamos daqui e dali. Ora fazíamos uma piada, ora questionávamos a veracidade do romance. Vez ou outra, arriscávamos este ou aquele nome, e até a razão do mistério.

– Seria ela? Ou seria ele…

III.

Em determinado momento, para se livrar de tanto falatório, e degustar a melhor feijoada do mundo em paz, Escova resolveu confessar o nome da mulher amada.
“Chama-se Sandra, e ponto. E vocês não a conhecem. E vamos mudar de assunto.”

IV.

Quem disse que sossegamos?

Novas e tantas perguntas. Onde morava, o que fazia, quando a conheceu, desde quando estava rolando…

Até por que percebemos que, acuado, Escova chutou o primeiro nome que lhe veio à mente – e logo o nome da senhora do sítio: Dona Sandra.

V.

Não revelamos o vacilo.

E continuamos o bombardeio…

Até que o Nasci – e sempre ele – lembrou que recentemente havia encontrado o
Escova em uma joalheria, com ares de quem estava aprontando alguma.

O amigo sorriu, meio sem jeito:

– Eu estava comprando um presentinho para elazinha.

VI.

Era um pingente, confessou.

– Eu vi, disse o Nasci

E, malandro que só, acrescentou:

– Vi também que era uma letra.

– É, Nasci, a inicial do nominho dela, concordou o Escova.

– Pois, é isso que eu estava lembrando… Você comprou uma letra “C” e agora diz que a moçoila se chama Sandra. Tá estranho isso, né?

VII.

Escova fez cara de paisagem.

Não sabia o que responder.

Até que o Maurício resolveu intervir e ajudar o amigo.

– Vocês não entenderam nada. O nome dela é Çandra, com cedilha.

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