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Acima de 60

Porque hoje é sábado…

… deixo a coluna mais solta com ‘o barco dos assuntos’ em mar aberto a navegar ao sabor dos ventos e das sensações.

I.

Bela entrevista o ator Flávio Migliaccio concedeu ao repórter João Fernando, de O Estado de S. Paulo (publicada na terça, dia 8). Prestes a completar 80 anos, Migliaccio prepara o lançamento de uma peça sobre sua trajetória na dramaturgia brasileira. Vai se chamar Confissões de Um Senhor de Idade, e tem estreia prevista para agosto.

Enquanto isso, ele faz, com a competência e o prazer de sempre, o Seo Chalita, da série Entre Tapas e Beijos e fala da carreira com raro despojamento e grande modéstia: “Sou um ator por acaso”.

“Aceito todo personagem que aparece. Eu não consigo, não resisto. Não sei dizer que não quero fazer. Já fiz papel de árvore durante um ano, de ganso. Sou incapaz de rejeitar um papel.”

Aplausos para o eterno Xerife…

(Lembram do seriado Chazam e Xerife, um sucesso ao lado de outro grande nome das artes brasileiras, Paulo José?)

II.

Alguns dos meus cinco ou seis leitores estranham que o futebol (que era um dos meus assuntos preferidos) anda ausente do Blog, justamente neste 2014 em que se realiza a Copa no Brasil.

Não foi proposital, juro.

Mas desconfio que os recentes – e tristes – acontecimentos do Mundo da Bola quebraram o encanto que o assunto sempre me causou, desde garoto. Essas coisas de torcida organizada, as negociatas, a cartolagem, os boleiros e seus empresários e mesmo o jogo propriamente dito não me causam mais aquele poder de atração de tempos idos.

Pode ser momentâneo.

Coisa da idade…

III.

Mesmo assim, e instado por amigos numa roda de conversa e cerveja, escalamos a seleção brasileira de todos os tempos.

Foi uma resposta a uma publicação da Folha de S.Paulo, desconfio que dois domingos atrás, que convocou jornalistas para a mesma tarefa e eles incluíram Romário e Ronaldo entre os onze titulares.

Forçada de barra…

Nenhum dos dois fez mais do que o Tanque Vavá pelo Brasil em duas copas – e copas bem mais relevantes do que as de 94 e 2002.

Nosso escrete ficou assim:

Gilmar, Djalma Santos, Mauro, Bellini e Nílton Santos, Zito e Didi, Garrincha, Vavá, Pelé e Zagallo.

Meu voto foi para: Castilho, Djalma Santos, Luiz Pereira, Roberto Dias e Nílton Santos, Paulo Roberto Falcão e Didi, Garrincha (ou Julinho), Mazzola (ou Vavá), Pelé e Canhoteiro – que fez poucas partidas pela seleção, mas foi o melhor ponta-esquerda que vi jogar.

Detalhe: todos ali eram acima de 60, mas eu particularmente votei com olhos do garoto e do jovem que um dia fui.

IV.

“O seu sorriso é imemorial como as Pirâmides
e puro como a flor que abriu na manhã de hoje…”

(Quintana)

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